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Dutra: Dilma desmascara campanha subterrânea de Serra

O comando da campanha da candidata Dilma Rousseff (PT) disse que a estratégia agressiva adotada no debate da Band é uma forma de desmascarar a campanha subterrânea feita pelo tucano José Serra com base em e-mails mentirosos.

"O Serra tem duas campanhas, uma na TV e outra nos subterrâneos. Hoje começou outra vez aquela história da ditadura. Tem cartazes colados em todos os postes de Porto Alegre", disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Para os petistas, Dilma cumpriu à regra a estratégia de inverter o ritmo da campanha e deixar Serra na defensiva. "Ele está nas cordas", disse o líder do governo na Câmara, o deputado Candido Vaccarezza (PT-SP).

Petistas ironizam alusões de Serra

Enquanto Monica Serra tentava, constrangida, se desvencilhar das perguntas por ter dito que Dilma vai "matar criancinhas", a equipe de Dilma se divertia com os ataques de Serra.

Sentados do lado de dentro do palco ao lado do publicitário João Santana, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o Dutra disputavam quem era mais vezes citado por Serra. Primeiro foi Dutra, que segundo Serra "elogiou" a regulamentação da Petrobras de Fernando Henrique Cardoso. Depois Palocci, que teria "feito elogios" a política econômica.

Dutra foi citado uma segunda vez por Serra e brincou com o ex-ministro: "dois a um". Quando Serra disse que a prefeitura de Ribeirão Preto (administrada por Palocci) privatizou o serviço de tratamento de esgoto, o ex-ministro comemorou. "Mais uma!".

No intervalo, o ministro das Relações Internacionais, Alexandre Padilha, provocou a dupla. "Palocci, você não vai pedir direito de resposta?". Palocci respondeu: "vamos, eu e o Dutra. Agora só falta o Serra citar o João Santana".

O governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, ex-ministro da Justiça, também ameaçou pedir direito de resposta quando Serra criticou o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania).

Para analistas, o debate da Bandeirantes foi quente, franco e direto e Dilma levou vantagem no confronto, já que foi para o ataque após ter sido caluniada por cerca de 40 dias pela campanha serrista.

A recolocação do tema da privatização do pré-sal e a comparação entre os 8 anos de FHC e os 8 anos de Lula foi um achado que levou o candidato tucano "às cordas".

Com informações do Portal iG