“Não podemos permitir o retrocesso”, afirma Luciana

“Eu não tenho dúvidas de que essa mesma militância que foi capaz de fazer a campanha no primeiro turno, com muita dificuldade, porque não foi fácil para os comunistas elegerem seus deputados, pois o jogo é muito adverso e difícil, é capaz de fazer a diferença no segundo turno porque nós podemos dar o tom da politização, do convencimento, do corpo a corpo”, afirmou a vice-presidente nacional do PCdoB e deputada federal eleita, Luciana Santos.

 
A plenária de trabalho foi realizada segunda (18), no auditório do Sintepe.

Luciana chamou atenção também para a necessidade de garantir a vitória de Dilma Roussef no dia 31 de outubro. “Depois de tantos êxitos, de tantas conquistas do povo brasileiro nós temos de fazer o nosso dever de casa e não permitir o retrocesso. Aqui em Pernambuco, particularmente no Recife, nós precisamos dar atenção à votação de Dilma e de Marina no primeiro turno, quando Dilma ganhou de Marina por apenas 50 mil votos e nós temos de reverter esse resultado em favor da nossa candidata”, ressaltou.

Para ela, “infelizmente, Marina agiu de maneira lamentável. Uma mulher que foi forjada no PT, que durante sete anos foi ministra de Lula e saiu do PT sem que o partido sequer pedisse o mandato dela como senadora, porque tinha direito de acordo com a legislação eleitoral, agora se coloca a serviço da direita do Brasil”, comentou.

Luciana destacou ainda a necessidade de politizar o debate, inclusive comparando o governo de FHC, do qual Serra foi ministro por duas vezes, e o do presidente Lula, que entre outros avanços conseguiu retirar da linha de pobreza mais de 30 milhões de brasileiros. “É preciso dizer também quem está a serviço da direita, e nós vamos precisar ir às ruas para poder reafirmar essa nossa perspectiva”, afirmou, explicando a estratégia de ação. “Precisamos ir para cima, identificar as pessoas que estão indecisas, as pessoas que ainda estão com Serra e isso nós temos de fazer de forma cirúrgica para poder garantir a consolidação de nossa vitória”.

Segundo a deputada federal eleita, “hoje no Recife, os números apontam 72% de intenções de votos para Dilma e 23% para Serra, o que é um grande momento de virada, mas nós precisamos ampliar esses números. Em nível nacional nós já alargamos a distância em relação a Serra. É óbvio que não é isso que nos move, não serão os institutos de pesquisas que vão decidir o que nós vamos fazer nas ruas, mas não deixa de ser um parâmetro”, avaliou.

MÍDIA

Luciana lembrou ainda a atuação dos meios de comunicação do País no pleito deste ano. “O papel perverso, nocivo da mídia brasileira nessas eleições é mais uma vez uma demonstração cabal da necessidade de nós enfrentarmos no Brasil a reforma dos meios de comunicação. É um massacre o que acontece no Brasil: o País é um, a realidade é uma, e o que a mídia diz é outra. E nós vamos ter de fazer cada vez mais esse País real ser apresentado à população para que a gente tire a cortina de fumaça que eles querem impor ao povo brasileiro. E ninguém vai impor ao povo brasileiro, no tapetão, no jogo sujo, a derrota da Nação, a perspectiva de uma nação mais desenvolvida e mais justa”.

CONVOCAÇÃO

Ao encerrar, Luciana fez uma convocação à militância. “É por tudo isso, que nós vamos precisar cumprir essa agenda. Para isso, é preciso que nós do PCdoB, que a Frente Popular sob o comando de João Paulo, de Eduardo Campos, dos senadores eleitos Humberto e Armando, estejamos nas ruas de manhã, de tarde e de noite, como fizemos no primeiro turno, para garantir a vitória. No dia 31 de outubro é 13, é Dilma na cabeça, Viva o povo brasileiro!”.

Fonte: www.lucianosiqueira.com.br