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O Pentágono dá novo passo na Ciberguerra

O governo de Obama mudou a política federal para permitir que os militares intervenham e ajudem em caso de um ciberataque em território nacional, informou o New York Times neste 21 de Outubro. Com a exceção das catástrofes naturais, os militares não podiam colocar em ação unidades dentro das fronteiras do país. Mesmo para as catástrofes naturais, era necessária uma ordem presidencial antes de permitir que as tropas interviessem.

Com o novo acordo entre o Departamento de Defesa e o Departamento de Segurança Interna, os especialistas cibernéticos no plano militar podem intervir em caso de um ataque de equipamentos das redes críticas dentro dos Estados Unidos, de acordo com o artigo.

Os Estados Unidos têm feito mudanças drásticas na estrutura do Pentágono para adicionar um novo exército, o do ciberespaço, aos tradicional do ar, da terra e do mar, formando uma "confederação" para militarizar a Internet, juntamente aos aliados da OTAN e dezenas de países onde há acordos com o Departamento de Defesa para esses fins.

O general Keith Alexander, diretor da tristemente célebre Agência de Segurança Nacional, que é responsável pela espionagem eletrônica internacional, é o novo czar do Ciberspaço, nomeado pelo presidente Barack Obama em 21 de maio.

Robert J. Butler, subsecretário adjunto do Pentágono para a política de segurança cibernética, disse ao Times que a mudança nas regras permitirá que as agências respondam aos ataques contra redes de informática críticas.

As duas agências "se ajudarão de maineira mais tangível do que fizeram no passado", disse Butler em um artigo na Defense News, uma publicação da Army Times. Ele disse também que uma cooperação mais estreita seria uma "oportunidade para buscar novas maneiras de dar uma resposta nacional a um incidente cibernético".

Segundo as novas regras, os agentes de execução, interior poderia utilizar a experiência militar do Pentágono e os conhecimentos de inteligência Agência de Segurança Nacional. "Queremos planejar juntos e trabalhar em conjunto com outros departamentos", disse Butler.

O memorando foi assinado pelo secretário da Segurança Interna, Janet Napolitano, e o secretário de Defesa Robert Gates. A nota foi apresentada como uma resposta rápida e legal ante um ciberataque, para evitar discussões que fariam perder tempo sobre quem é responsável e quem tem autoridade para fazer o que for necessário", disse o New York Times.

Uma vez que o presidente dá a ordem, uma equipe de peritos iria viajar para Centro de Operações de Segurança Interior, e uma equipe de funcionários de Segurança Interior se deslocaria para Fort Meade, onde se encontram a Agência de Segurança Nacional e Comando Ciberespacial do Pentágono, segundo o artigo do Times.

A maior parte das capacidades do governo para controlar a rede de computadores está localizado em Fort Meade. As autoridades decidiram mudar a política, porque a maioria das capacidades do governo para a defesa da rede de informática e a experiência estão dentro do Pentágono, enquanto a maior parte dos principais objetivosse encontram em território nacional, disse um funcionário ao New York Times. Um objetivo de ataque pode ser alguma rede do governo, mas também poderia ser uma rede financeira ou de energia, disse o jornal.

No caso de um ataque cibernético ainda é muito difícil saber quem está atacando. Nem sequer está claro o que constitui um ataque.

"À medida que avançamos, uma das coisas fundamentais que devemos acordar é a taxonomia", disse ele. Há muita discussão sobre o conceito de "guerra cibernética", "ataques cibernéticos" e "intenções hostis", mas não há acordo sobre exatamente o que significam estes termos.

O Departamento de Segurança Interna realizou o "Tormenta Cyber 3", um exercício nacional para resposta ante um ciberataque, manobra que se realizou no final de agosto. Butler disse que o exercício, que incluiu agências federais e estaduais, o setor privado e associados internacionais, ajudou os funcionários do governo a avaliar os diferentes cenários em caso de ataque, disse o porta-voz.

Fonte: Cuba Debate