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Embaixador cubano quer América Latina unida contra bloqueio

O embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora, cobrou unanimidade de votos da América Latina e do Caribe contra o bloqueio norte-americano, nesta terça-feira (26), na assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. 

Em entrevista coletiva, Zamora destacou que os prejuízos causados ao governo cubano em razão do bloqueio somavam cerca de US$ 751,3 bilhões até dezembro do ano passado. As restrições foram impostas em 1962 e já duram quase 50 anos. Para o embaixador cubano, trata-se de uma política “atrasada e obsoleta”.
 
Caso a maioria dos países membros da ONU decida pelo fim do bloqueio, o encontro de amanhã será a 19ª assembleia consecutiva a se manifestar favorável à decisão. No ano passado, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, condenou o bloqueio norte-americano.
 
“Tenho que demonstrar o reconhecimento de nosso país ao posicionamento tradicional do Brasil. Foi o primeiro país a interferir. Esperamos que, amanhã, como o Brasil, um bom número de países se manifeste”, afirmou Zamora.
 
Segundo o embaixador, a maioria dos próprios cidadãos norte-americanos (61%) é favorável à abertura de viagens entre os Estados Unidos e Cuba e 50% quer o fim do bloqueio. No entanto, disse Zamora, a administração do presidente Barack Obama tem se apresentado como mera continuação do governo anterior.
 
“Para nós, o bloqueio deve ser suspenso de forma unilateral e imediata. [Foi] um bloqueio feito por vontade própria e por força [dos Estados Unidos] e constitui o principal obstáculo para o desenvolvimento eocnômico e social de Cuba”, disse. “É iconcebível que dois países vizinhos [Cuba e Estados Unidos] não possam ter relações econômicas, comerciais e culturais”, concluiu.
 
Sob bloqueio norte-americano desde a década de 60, Cuba se esforça para evitar o agravamento da crise no país ao anunciar a abertura do mercado de trabalho, a demissão de cerca de 500 mil funcionários públicos e a aproximação da União Europeia. O bloqueio envolve restrições econômicas, financeiras, políticas e diplomáticas.

Com informações da Agência Brasil