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Países árabes querem que EUA investiguem torturas no Iraque

O Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico — grupo que inclui seis países árabes — pediu aos Estados Unidos que investiguem detalhes dos abusos cometidos contra os direitos humanos no Iraque veiculados no site especializado em vazamento de informações Wikileaks.

Os documentos do site mostram que as Forças Armadas americanas ignoraram casos de tortura praticada pelas tropas iraquianas, além de se omitir de "centenas" de mortos de civis em postos de controle.

Em um comunicado, o secretário-geral do grupo, Abdulrahman al-Attiyah, disse que os EUA são responsáveis pelas torturas e assassinatos.

O conselho é formado pela Arábia Saudita, Kuwait, Oman, Catar, Bahrein e Emirados Árabes.

O Pentágono disse que não tem intenção de reinvestigar os abusos.

O material divulgado pelo Wikileaks — considerado o maior vazamento de documentos secretos da história — comprova que os Estados Unidos mantiveram registros de mortes de civis, embora tenham negado esta prática.

Ao todo, foram divulgados registros de 109 mil mortes, das quais 66.081 teriam sido civis.

Torturas

Muitos dos 391.831 relatórios Sigact (abreviação de significant actions, ou ações significativas, em inglês) do Exército americano aparentemente descrevem episódios de tortura de presos iraquianos por autoridades do Iraque.

Em alguns deles, teriam sido usados choques elétricos e furadeiras. Também há relatos de execuções sumárias.

Os documentos mostram que autoridades americanas sabiam que estas práticas vinham acontecendo, mas preferiram não investigar os casos.

Com informações BBC Brasil