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Enem: estudantes poderão pedir correção diferenciada da prova

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) vai disponibilizar uma página na internet para que os estudantes mal orientados sobre a marcação da folha de respostas possam requerer uma correção diferenciada. No cartão, o cabeçalho das provas de sábado (6) – ciências da natureza e ciências humanas – estava trocado. A ordem numérica das questões, entretanto, estava igual no caderno de provas e no gabarito.

Os estudantes que tenham sido prejudicados deverão acessar o site do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – www.enem.inep.gov.br – para fazer o requerimento, em um espaço que será disponibilizado na próxima semana. De acordo com o presidente do Inep, Joaquim Soares Neto, o problema não vai atrasar a divulgação dos resultados, previstos para, no máximo, terça-feira. “Nenhum deles [estudantes] vai ser prejudicado. Se ele não recebeu a orientação, terá o espaço para fazer o requerimento. Se preencheu [o gabarito] ao contrário, a correção será feita de forma invertida”, afirmou. Na avaliação dele, o exame foi um “sucesso.”

A prova deste sábado tinha 90 questões: 45 de ciências humanas, numeradas de 1 a 45, e mais 45 de ciências da natureza, numeradas de 46 a 90. Na folha de resposta os cabeçalhos das provas estavam trocados: as questões de 1 a 45 eram identificadas como ciências da natureza e as de 46 a 90, como ciências humanas.

De acordo com Neto, todas as 128 mil salas de prova foram avisadas sobre o erro na folha de respostas e receberam a orientação para alertar os estudantes. Os candidatos foram orientados a desconsiderar os cabeçalhos e seguir a numeração das questões. O Inep detectou o problema logo que as provas foram abertas, segundo Neto. Ele disse que, naquele momento, os candidatos provavelmente ainda estavam respondendo às questões e não marcando o gabarito, o que geralmente é feito ao final do processo. O Inep não deixou claro, porém, se estudantes que tenham perdido tempo da prova em função do erro poderão também solicitar algum tipo de revisão.

Outro problema detectado foi nos cadernos de prova de cor amarela. Segundo Inep, em alguns deles havia problemas de impressão com questões repetidas, mas o órgão não soube precisar em quantos locais de prova isso ocorreu. Segundo Neto, esses estudantes também terão direito a fazer um requerimento.

Abstenções

Segundo o Inep, a abstenção do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi de 27%. No ano passado, após o cancelamento da primeira data prevista para o exame por causa do vazamento, o número de faltas no país chegou a 37,7%, um recorde histórico. No estado de São Paulo, a proporção de ausências foi ainda maior, de 46,9% – de 1 milhão de inscritos, 470 mil não fizeram a prova.

Tradicionalmente o Enem tem abstenção de cerca de 25% dos inscritos. Mas em vestibulares concorridos como o da Fuvest, que seleciona os alunos para a Universidade de São Paulo (USP), as faltas normalmente ficam em torno dos 3%.

Com informações das agências