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Manifestantes protestam contra visita de Obama à Índia

Cerca de mil manifestantes aproveitaram a presença do presidente dos Estados unidos, Barack Obama, na capital do país, Nova Delhi, para protestar contra a política dos Estados Unidos.

"A atitude imperialista dos Estados Unidos não mudou", assegurou o chefe de Relações Internacionais do Partido Comunista da Índia (Marxista), Sitaram Yechury, em declarações à mídia no local onde foi realizado o protesto, a poucos metros do Parlamento onde Obama pronunciava um discurso.

De acordo com Yechury, que também é parlamentar, no país do norte da América só houve uma troca de líderes. "Antes era (George W.) Bush, agora é Obama", destacou.

No protesto participaram outros dirigentes de organizações de esquerda, entre eles Mohammad Arif, do Partido Comunista da Índia.

"Queremos uma indenização apropriada para as vítimas da tragédia de Bhopal, e denunciamos a abertura do setor agrícola indiano às empresas estadunidenses", expressou Arif, em alusão ao acidente de 1984 em uma usina da multinacional Union Carbide e aos acordos comerciais assinados entre Nova Delhi e Washington.

Os manifestantes, entre eles centenas de estudantes universitários, portavam cartazes condenando a ocupação do Iraque e do Afeganistão pelos Estados Unidos e exigiam o fim do bloqueio contra Cuba.

A agência de notícias indiana IANS também relatou protestos nesta segunda-feira (8) no estado nordestino de Tripura, como parte da convocatória nacional feita pelos partidos de esquerda, que no sábado passado realizaram manifestações similares em Mumbai e Kolkata (antiga Calcutá), ao grito de "Obama volte para casa" e "abaixo o imperialismo estadunidense".

O presidente dos Estados Unidos deve partir na manhã de terça-feira de Nova Delhi com destino a Indonésia, segunda escala de um giro que o levará também à Coreia do Sul e ao Japão.

Durante sua estadia na Índia, Obama e o premiê Manhoman Singh fortaleceram ainda mais uma aliança estratégica que ambos qualificam como "indispensável", mas que os setores de esquerda denunciam como uma mostra cada vez mais vigorosa de um crescente alinhamento político de Nova Delhi a Washington.

Fonte: Prensa Latina