Em entrevista para O Tempo,Carlin fala sobre sucessão em Contagem

Parlamentar vê no resultado das eleições o fortalecimento das forças políticas que ajudam a atual prefeita Marília Campos a governar e o fim das práticas antigas

carlin moura

Primeiramente, o que o senhor achou do resultado das eleições, em Contagem, tanto para deputados como para presidente?

Em Contagem, no primeiro turno, Dilma obteve mais de 44% dos votos válidos. No segundo turno, atingimos quase 65% dos votos. Nas eleições para deputados estaduais e federais, os resultados também foram muito favoráveis para candidatos ligados à prefeita. Os resultados demonstraram que os candidatos ligados à Marília Campos foram bem votados e que a cidade disse não a candidatos que representavam o passado e práticas políticas antigas e atrasadas. Esses resultados sinalizam que a população avalia de forma positiva o atual governo.

O senhor acha que o quadro político de Contagem mudou após as últimas eleições ?

Encerradas as eleições, constata-se o fortalecimento das forças políticas que ajudam Marília Campos a governar. Contagem hoje é uma cidade cada vez melhor. Ocupa o terceiro lugar no ranking de arrecadação do Estado, lidera a geração de empregos com carteira assinada e tem a melhor educação da Região Metropolitana. Além de muitos outros avanços que garantem qualidade de vida para as pessoas e fazem com que o contagense, cada vez mais, tenha orgulho e amor pela sua cidade. Com a expressiva votação de Dilma, Contagem voltou a ser referência em Minas Gerais. A prefeita Marília Campos passa a ser a principal liderança política no interior do seu partido, o PT.

O senhor já cogita a possibilidade de ser candidato a prefeito em 2012?

Eu ouço esse pedido todos os dias nas ruas. Talvez, fruto da expressiva votação que obtive. Mas sempre digo "pra tudo há seu tempo". Quero agora é trabalhar muito para trazer recursos pra Cidade e ajudar Marília terminar seu governo com chave de ouro. Se amanhã ou depois, Deus me reservar a tarefa de ser prefeito dessa maravilhosa cidade, quero estar preparado para cumprir a missão.

Quais são as prioridades para a cidade agora, terminada a eleição com relação a projetos para a Assembleia? Vou dedicar meu segundo mandato em conseguir recursos para a construção do novo Fórum de Contagem, em dar continuidade nas reformas dos campos de futebol e abrir as portas dos Governos Estadual e Federal para trazer investimentos para saúde, educação e saneamento básico pra nossa cidade.

O projeto que cria o Conselho de Comunicação tem gerado polêmica, e é criticado por vários deputados na Assembleia, quem é o autor?

A polêmica gerada, provavelmente, é fruto do desconhecimento do verdadeiro conteúdo do projeto que, é de minha autoria, e é fruto das discussões das Conferências Estadual e Nacional de Comunicação (Confecom). Eu fui o representante da Assembléia nestas duas Conferências. Acompanhei todos os debates e todas as deliberações. A instalação do Conselho é uma das 672 propostas democraticamente aprovadas pelos milhares de delegados e delegadas da sociedade civil empresarial, não-empresarial e do poder público, participantes da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). O PL 4968/2010 visa exclusivamente regulamentar o Artigo 230 da Constituição Estadual de 1989. Importante lembrar que a Constituinte de 1989, ou seja, o conjunto de deputados que escreveram a Constituição Mineira de 1989, contou com a assessoria jurídica de um dos juristas mais conceituados em nosso Estado e no Brasil, que é, nada mais nada menos, o atual governador, Antônio Augusto Anastasia. Por que está entrando com ele agora e explique melhor de que se trata? Após a 1ª Confecom, diversas iniciativas foram tomadas pela comissão de representantes que acompanham a implementação das propostas aprovadas. Em junho deste ano, realizamos uma audiência pública na Comissão de Participação Popular da Assembléia com a presença do jornalista Paulo Henrique Amorim para discutir justamente a implementação das propostas aprovadas na 1ª Confecom. Os participantes da audiência lembraram que grande parte das propostas dependem da ação legislativa do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados. O Conselho proposto por nós, sempre em sintonia com as Constituições de Minas e do Brasil, tem como finalidade servir de instrumento para garantir a participação popular, o acompanhamento social e a gestão democrática das políticas e dos serviços públicos, envolvendo o planejamento e o acompanhamento da execução destas políticas e serviços públicos. Atualmente, existem conselhos municipais, estaduais e nacionais, nas mais diversas áreas, seja na educação, na saúde, na assistência social, entre outros.

O senhor não acha que controlar os meios de comunicação pode ser ruim para a democracia?

Ninguém está propondo controlar os meios de comunicação. Nossa Constituição Republicana é clara ao dizer que liberdade de imprensa e participação popular, dentre outros princípios fundamentais, devem andar de mãos dadas. Só queremos que todos respeitem a Constituição.

Publicado no jornal O TEMPO CONTAGEM