Vereador de SP quer apurar ofensas a nordestinos na net

O vereador Francisco Chagas (PT), da cidade de São Paulo, protocolou representação junto ao Ministério Público Federal para apurar o […]

O vereador Francisco Chagas (PT), da cidade de São Paulo, protocolou representação junto ao Ministério Público Federal para apurar o possível crime de racismo cometido por usuários de redes sociais.

Na representação constam os nomes de 94 pessoas, com a identificação de seus respectivos endereços eletrônicos e perfis na rede mundial de computadores, além das ofensas proferidas por cada uma delas.

Foram anexadas ao documento as listas impressas das páginas das redes sociais, contendo os contatos e as ofensas a nordestinos, negros e índios e um vídeo gravado em CD, também denunciando essas informações.

As ofensas de cunho racista, que foram publicadas e distribuídas pelas redes sociais na internet, começaram logo após ter sido anunciada a vitória de Dilma Roussef, no dia 31 de outubro. Usuários do Twitter, mencionados no documento, passaram a fazer postagens ofensivas contra os habitantes e pessoas com origem nos estados localizados nas regiões Nordeste e Norte do País, bem como contra membros das comunidades indígena e negra, atribuindo à população destes estados ou etnias “a culpa" pela derrota do candidato do PSDB, José Serra.

Na representação entregue ao Ministério Público, o vereador destacou os direitos do cidadão garantidos pela Constituição Federal. “A Constituição do nosso país prevê a liberdade e uma sociedade justa e solidária, incentivando a redução das desigualdades sociais. É nosso dever tratar a todos com respeito, sem preconceitos de raça, sexo, cor”, refletiu. Chagas ainda lembrou que a prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito a prisão.

Fonte: Rede Brasil Atual