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Diretor do Diap avalia correlação de forças no governo Dilma

O diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, diz que a presidente eleita Dilma Rousseff terá que formar seu governo levando em consideração a nova realidade e correlação de forças de sua base política e parlamentar. Segundo ele, aliados históricos do PT como PSB e PCdoB cresceram, o PR manteve sua bancada, e o PDT e PMDB passaram a fazer parte da coalizão, diferente quando aderiram ao segundo Governo Lula.

“A acomodação dos aliados históricos e dos novos integrantes da aliança e da coligação de Governo exigirá uma redistribuição de forças e, nesse cenário, a tendência é que o PT perca algum espaço nos postos estratégicos da administração pública, especialmente se o partido, como tudo indica, ficar com a presidência da Câmara dos Deputados”, diz ele em artigo publicado no site Congresso Em Foco.

Na sua opinião, o PT, que foi hegemônico no primeiro mandato de Lula e majoritário no segundo, continuará como o principal partido do governo, “mas terá que brigar muito para manter o poder da era Lula na gestão de Dilma Rousseff, mesmo tendo crescido nas duas casas do Congresso na última eleição.”

Por outro lado, o diretor ressalta que o PT vai sustentar como argumento, para não perder espaço, o fato de abrir mão de lançar candidatos aos governos em favor de aliados, inclusive em situação de conflito como foi o caso de Minas Gerais e do Maranhão.

Ele acredita que a tendência do governo Dilma será a valorização da meritocracia, reduzindo a escolha de auxiliares pelo critério exclusivamente política. “Ela buscará, para os cargos de primeiro escalão, um perfil político com capacidade técnica. Já para os cargos de média e alta direção – abaixo de ministro de Estado – o critério será majoritariamente de eficiência, o que pressupõe dois requisitos: conhecimento técnico e capacidade de realização”, previu.

De Brasília,
Iram Alfaia