CE: Ministro da Saúde mobiliza prefeitos para controle da dengue

A Caravana da Dengue, do Ministério da Saúde, que está mobilizando os 10 Estados com os maiores riscos de enfrentar epidemia da doença no primeiro semestre de 2011, chega ao Ceará.

Ministro José Gomes Temporão

O ministro José Gomes Temporão se reúne com o governador Cid Ferreira Gomes, o secretário da saúde, Arruda Bastos, e os prefeitos municipais no próximo dia 17, às 18 horas, no auditório do Palácio Iracema, Avenida Dr. José Martins Rodrigues, 150. Na reunião, o ministro apresentará a situação da dengue no país e no Ceará, mobilizando os gestores para a intensificação das ações de controle da doença antes da chegada do período chuvoso, que no Ceará ocorre historicamente de fevereiro a maio.

Nos últimos oito anos, foram registrados casos de dengue no Ceará em todos os meses do ano, mas com predomínio no primeiro semestre. Só para se ter um a ideia da concentração maior de casos nos seis primeiros meses do ano, basta constatar que de janeiro a junho de 2009 foram confirmados 3.296 casos da doença. De julho a dezembro o número de casos foi bem menor. Foram confirmados, de acordo com o boletim epidemiológico, divulgado semanalmente pela Sesa, 749 casos, ver gráfico na página 3.

Este ano, até a última sexta-feira, 5, o Ceará tem 10.689 casos confirmados de dengue em 116 municípios. Há 14 óbitos confirmados, sendo três de dengue hemorrágica e 11 de dengue com complicação. A cada ano aumenta, conforme destaca o boletim da Sesa, o número de casos da doença acometendo crianças e adolescentes. A média de idade dos pacientes caiu de 38 anos em 2001 para 18 anos em 2008.

Critérios de risco

Segundo o Ministério da Saúde, os 10 Estados que correm risco muito alto de epidemia são: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Sergipe. Para definir o grau de risco, o Ministério utiliza a ferramenta "Risco dengue", que consiste em cinco indicadores, sendo três de saúde, 1 ambiental e outro demográfico. Os critérios, circulação do vírus, incidência da doença entre 2000 e 2010, números de infestação do mosquito Aedes aegypti, somados a indicador de densidade demográfica e dados sobre abastecimento de água e coleta de lixo, são usados para identificar melhor as áreas com maior chance de desenvolver uma epidemia. Com esse trabalho, o objetivo é antecipar as medidas de combate à doença, especialmente ao mosquito transmissor.

Fonte: Sesa