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França: Sarkozy renomeia premiê e pede renovação do governo

O presidente conservador da França, Nicolas Sarkozy, voltou a nomear neste domingo (14) François Fillon como primeiro-ministro do país. Em nota, a presidência da França informa que Sarkozy encarregou Fillon de formar um novo gabinete. O gabinete atual continua encarregado das questões correntes do governo.

Num comunicado separado, Fillon disse que planejava entrar numa nova fase de governo com determinação, concentrando-se nas reformas aplicadas desde que assumiu o cargo na primeira vez. “Estou começando uma nova fase com determinação que permitirá a nosso país fortalecer o crescimento da economia para criar empregos, promover a solidariedade e garantir a segurança de todo o povo francês”, disse.

Fillon, um dos mais próximos colaboradores de Sarkozy, havia pedido demissão na véspera. Ele se tornou primeiro-ministro em 17 de maio de 2007, em substituição a Dominique de Villepin.

A reforma ministerial era esperada havia pelo menos cinco meses no país. Ela deve começar a ser feita já nesta segunda-feira (15), segundo fontes do governo. Com isso, o presidente francês, que enfrenta seu mais baixo índice de popularidade, pretende dar um novo impulso ao final de seu mandato, visando a ganhar impulso para as eleições presidenciais de 2012.

Para isso, Sarkozy deve aproveitar da popularidade de Fillon e de seu trânsito com a maioria parlamentar de direita. O novo governo deve ser condensado em 26 membros (ministros e secretários de Estado) contra os 37 atuais, segundo uma fonte governamental. O ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, e a ministra da Justiça, Michèle Alliot-Marie, devem entregar seus cargos, e o ex-premiê Alain Juppé disse na véspera que deve assumir um posto.
Já Cristine Lagarde, com reconhecimento dos colegas internacionais, procura se manter no Ministério da Economia, mas ela também é citada para o cargo nas Relações Exteriores. As duas pastas são estratégicas, agora que a França assumiu na sexta-feira a presidência anual do G20, em plena "guerra cambial", e que passará à frente do G8 em janeiro.

A oposição ironizou neste domingo o remanejamento. "Há a indecência de fazer crer que as coisas vão mudar. A política será sempre a de Nicolas Sarkozy", declarou Jean-Marc Ayrault, líder dos deputados socialistas. "É o 125º capítulo da novela. Vamos esperar o 126", ironizou a verde Cécile Duflot.

Da Redação, com agências