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Equador: maioria das petroleiras vai firmar novos acordos

O Equador está próximo de assinar novos contratos com a maioria das companhia petroleiras privadas que operam no país para aumentar as receitas do Estado provenientes do setor, mas uma importante autoridade alertou que algumas empresas ainda estão resistindo.

Terça-feira é o prazo final para que os executivos assinem novos acordos que eliminam os contratos com divisão de receita favorável às empresas. Algumas companhias, como a Petrobras e duas controladas pela chinesa CNPC, têm questionado os novos termos propostos.

"Das sete companhias com as quais estamos negociando, a maioria concordou com a assinatura do contrato", disse à Reuters Wilson Pastor, ministro equatoriano de Recursos Naturais Não Renováveis, na noite de sexta-feira. "Estamos preparando os documentos", acrescentou.

Pastor disse que o prazo de terça-feira continua vigente. "Se na terça não assinarmos, não vamos assinar mais, com certeza", afirmou.

O ministro disse ainda que a Ecuador TLC, unidade da Petrobras, está resistindo à renovação, mas que, ao contrário de algumas reportagens recentes, a empresa brasileira não tinha decidido recusar o acordo.

"Temos tido desacordos com a Petrobras", disse Pastor. "Estamos negociando duramente. No entanto, ainda não há uma decisão final da Petrobras. Esperamos que essa decisão possa ser positiva", acrescentou.

Se a Petrobras não chegar a um acordo, o governo pagaria uma indenização à companhia e suas operações passariam ao controle da Petroamazonas ou Petroecuador, ambas estatais equatorianas, segundo o ministro.

Pastor disse que a Petrobras não concorda com as tarifas de serviços.

"Essa é a razão principal e a Petrobras provavelmente não está satisfeita com o contrato de prestação de serviços", afirmou.

Uma porta-voz da Petrobras no Brasil não comentou sobre as negociações.