Trabalhador em Educação Pública do Pará promove plenária

“Não podemos pensar em educação com apenas 25% do orçamento disponibilizado para investir no setor. Precisamos de no mínimo 30% dos recursos do orçamento da União destinados para a educação. O meu mandato vai servir para esta luta”, neste tom a senadora Marinor Brito (PSOL) iniciou os debates da V Plenária Estadual do SINTEPP – Sindicato dos Trabalhadore em Educação Pública do Pará, em Belém.

V Plenária Estadual do Sintepp em Belém

O evento que iniciou nesta sexta-feira (19) e vai até domingo (21), traz como tema principal do evento: “SINTEPP na luta pela qualidade social da Escola Pública e contra a criminalização dos trabalhadores e trabalhadoras em educação”. Para Conceição Holanda, coordenadora do sindicato, não é possível ter dignidade no setor público sem um projeto político emancipatório, sem que parcela dos trabalhadores da classe trabalhadora esteja organizada.

Na abertura da plenária, na sexta-feira (19) à noite, a mesa oficial foi composta por representantes das centrais sindicais, como a CTB, CUT, Intersindical. “Vamos fazer um minuto de silêncio em homenagem ao companheiro Mário Alves, assassinado no último sábado em Marabá (Pa), um grande lutador da causa da educação”, pediu a presidente da mesa Conceição Holanda.

Cleber Rezende, secretário do SINTEPP e da CTB, frisou no seu discurso de abertura que: “Este debate é de fundamental importância para a classe trabalhadora que precisa está unificada para enfrentar os desafios. Precisamos compreender e valorizar o resultado das eleições no Brasil, com a vitória de Dilma que representa uma grande vitória contra o projeto neoliberal. Mas, no Pará o retorno dos neoliberais (Jatene) representa o corte nos serviços públicos, o Estado mínimo, para isso o sindicato deve permanecer unido com as centrais para combater os ataques contra os trabalhadores”, destacou.

Outro tema que permeou o debate foi à eleição para diretor escolar, a senadora Marinor Brito ressaltou que é necessário acabar com o controle político dentro da escola. “A escola precisa da eleição para diretor de forma democrática, e não imposta como ocorre hoje, onde o diretor é escolhido por políticos, em interesse que não públicos, e que não exprime a democracia que tanto precisamos”, ressaltou.

Eleição

A senadora Marinor Brito (PSOL) que teve quase 800 mil votos foi declarada senadora do Pará pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA), porém ainda não foi diplomada (o que deve ocorrer em dezembro), passa no momento por um embate jurídico com o candidato Jade Barbalho (PMDB) que busca na justiça eleitoral anular as eleições para o senado e promover uma nova eleição para o cargo no Estado.

“Tenho a clara convicção que não haverá uma nova eleição para o senado aqui no Pará. Meu ponto de vista moral a justiça não vai retroceder a Lei de Ficha Limpa. O próprio Jader não tem moral para reinvidicar esta nova eleição. Acredito que o tribunal não vai retroceder”, destacou.

De Belém;
Isa Arnour