Quilombolas participam de curso de capacitação de lideranças

Cerca de 40 pessoas vindas de diferentes regiões do estado assistiram a palestras de conscientização e formação, que abordaram temas como como história da resistência do povo negro; a importância dos remanescentes de quilombos como patrimônio histórico e cultural do Brasil; noções de representação das comunidades frente a ordem jurídica, como criação de associações comunitárias.

Iniciativas como essa buscam incentivar essas comunidades a se organizarem, capacitando-as a realizar a interlocução com o estado e a sociedade, reivindicar e defender direitos, organizar cooperativas, escrever projetos, articular e buscar parcerias. Sobretudo, criar as condições estruturais necessários para seu desenvolvimento. Como explicou Elis Regina Gomes, da Unegro, “trata-se de formar lideranças informadas e suficientes nas diferentes áreas do conhecimento, preparadas para estimular, facilitar e multiplicar a organização social quilombola”.

Em sua exposição sobre organização de uma associação comunitária, Elis Regina salientou que estas devem agir de maneira autônoma, não podendo ficar reféns de nenhuma pessoa ou do poder público. “Temos que lutar sim por um direito que é nosso. Mas tem que ser independente ao ponto de poder cobrar”, disse Elis.