Justiça decretou a internação dos quatro homofóbicos da Paulista

A 1ª Vara de Infância e Juventude decretou ontem (23/11) a internação provisória dos quatro menores de idade suspeitos de agredir os três jovens na avenida.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público, o pedido foi feito pela promotora da Infância e da Juventude Ana Laura Lunardelli e os agressores irão responder ao processo internados na Fundação Casa.

O delegado aguarda o documento da Vara da Infância para conduzir os menores de idade à delegacia. Depois desses procedimentos, eles devem passar por exames no IML (Instituto Médico-Legal) e finalmente serem encaminhados para a Fundação Casa.


Entenda o caso

Cinco jovens foram detidos na manhã do dia 14 deste mês suspeitos de agredir três pessoas na avenida Paulista, região central de São Paulo. Eles alegaram provocação para os ataques. A justificativa contraria a versão das vítimas e das testemunhas que presenciaram as cenas de agressão. Segundo elas, os ataques tiveram motivação homofóbica. As três vítimas já receberam alta médica após serem encaminhadas a hospitais da região.

Na segunda-feira (22), uma testemunha prestou depoimento na delegacia. Ela ajudou a socorrer o fotógrafo e terminar com as agressões feitas por cinco jovens – quatro menores e um maior de idade. No testemunho, o homem, que também é fotógrafo, disse acreditar que as agressões foram motivadas por homofobia.

Na terça-feira, novas imagens da agressão, captadas pelo sistema de segurança de um prédio próximo ao local do crime, foram divulgadas pela polícia.

O advogado do jovem de 19 anos suspeito de agressão a um grupo de homossexuais na avenida Paulista no último dia 14 afirmou nesta quarta-feira (24) que seu cliente, Jonathan Lauton Domingues, não participou do ato. Segundo o defensor, Domingues – apesar de estar com os adolescentes suspeitos – apenas tentou apartar a briga.

Nesta manhã, o advogado esteve no 5º Distrito Policial, na Aclimação, para prestar informações ao delegado. Na saída, ele disse que seu cliente só deve se apresentar no momento oportuno. O advogado também ressaltou que Domingues é réu primário de deve ter sua liberdade garantida.

Da redação, com informações R7