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Pacote da Grécia deve ser ampliado para 7 anos e meio

A Comissão Europeia deve propor a extensão do vencimento do pacote de resgate da Grécia de 110 bilhões de euros para sete anos e meio, dos três anos inicialmente acertados, informou nesta 2ª feira o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn. Dessa forma, o prazo será igual ao oferecido para a Irlanda no programa de assistência financeira de 85 bilhões de euros fechado ontem.

"Examinaremos a possibilidade de prolongar o vencimento dos empréstimos da Grécia para sete anos e meio. Estamos no momento avaliando essa questão e faremos uma proposta em breve", afirmou Rehn. O ministro das Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, disse que o país receberá um "período de carência de quatro a sete anos para pagar os empréstimos obtidos dos credores internacionais".

Juros sobem

"A decisão foi tomada para que haja tratamento igual ao dado à Irlanda e para enviar uma mensagem aos mercados", disse Papaconstantinou. A extensão reduz a pressão sobre os compromissos externos do país durante 2014 e 2015, quando 140 bilhões de euros em vencimentos estavam previstos. Essa projeção foi considerada "otimista" pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

A ampliação do prazo de pagamentos não vai sair de graça para a Grécia. A taxa de juro sobre o empréstimo concedido pela União Europeia e pelo FMI será elevada em consequência da extensão, de uma taxa fixa média de 5,5% para cerca de 5,8% ao ano, conforme admitiu Papaconstantinou.

Além disto, há a contrapartida dos empréstimos, feitos para evitar uma saída à Argentina para a Grécia (moratória da dívida externa). No caso, o governo social-democrata está sendo constrangido a impor as controvertidas receitas do FMI, com cortes radicais nos gastos públicos e redução dos direitos trabalhistas. Se o país não mudar de rumo especialistas estimam que a Grécia não retornará aos níveis de produção anteriores à crise antes de 2017. Resta saber se o povo vai suportar o arrocho.

Com agências