Curso de Formação Sindical discute sindicalismo e serviço público

Dezenas de lideranças sindicalistas marcaram presença na noite desta sexta-feira (03) para participarem da abertura do III Curso de Formação Sindical que acontece até o próximo domingo (05), em Belém. O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), no Pará, na companhia de Augusto Petta e Celina Moraes participou da aula inaugural.

Dezenas de sindicalistas no curso de formação sindical.

O III Curso de Formação Sindical está divido em dois módulos, sendo: básico e o avançado. A turma do módulo básico prestigiou a palestra “Origem dos Sindicatos e História do Movimento Sindical Brasileiro”, ministrada por Augusto Petta. O professor explicou aos presentes que o sindicato nasce no meio do capitalismo e que não existe capitalismo sem exploração.

“Temos a força do trabalho, mas quem determina o valor desta mão de obra não é o trabalhador”, demonstra Petta a respeito da exploração do capitalismo. O tema “Mais Valia” também permeou a apresentação. “Você tem um trabalho que vale R$ 2 mil, por exemplo, o patrão diz que vai pagar R$ 1 mil, a maioria do trabalhador se submete, este lucro de R$ 1 mil na mão obra é o que patrão tem de mais valor, a mais valia”, explicou o palestrante.

Já no módulo intermediário, a abertura foi conduzida pelos debates sobre o tema: “O papel do trabalhador público na construção do projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho”, sob a coordenação de Celina Âreas, Secretária de Formação da CTB. Para o aluno Marcão Fonteles, o cidadão tem facilidade para reclamar dos serviços públicos e no serviço privado dificilmente reclama.

“Criou-se uma cultura implantada pela grande mídia de que o serviço público não presta, que somente privatizando se têm serviço de qualidade. Mas, se você tem um plano de saúde e só consegue uma consulta médica para daqui a um mês nada reclama e não faz nada, agora se for pelo SUS, a reclamação é geral”, frisa Fonteles.

Outro ponto destacado pelos participantes dos debates do tema Trabalhador Público foi à falta de políticas de valorização do servidor. “Trabalho numa empresa mista, e sempre enfatizo que sem capacitar os servidores é muito difícil termos um atendimento ao público com qualidade”, destaca o dirigente da CTB, Assis.

Celina Âreas ressaltou ainda que: “O servidor público é um trabalhador que precisa de condições de trabalho, salário digno e que representa um papel fundamental de servir a sociedade. Nós temos que pressionar e avanças nas questões estruturais”.

De Belém,
Isa Arnour