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Por culpa de Israel, impasse se agrava em negociações

Os palestinos manifestaram nesta quarta-feira (8) ceticismo com o empenho dos Estados Unidos por sua independência, e disseram que a "obstinação israelense" levou Washington a desistir de pressionar pela moratória na ampliação de assentamentos judaicos, deixando o processo de paz do Oriente Médio num beco sem saída.

O negociador palestino, Yasser Abed Rabbo, disse que os EUA passaram a defender um retorno às negociações indiretas, já que os palestinos se recusam a continuar o diálogo direto por causa da insistência de Israel em ampliar os assentamentos nos territórios ocupados.

Os EUA promoveram em setembro a retomada das negociações diretas, após um hiato de dois anos. Mas semanas depois, após apenas três rodadas de negociações, expirou uma moratória israelense de dez meses na construção de novas moradias nos assentamentos.

Os palestinos consideram que os assentamentos inviabilizam a criação do seu Estado nacional .

Em entrevista à rádio Voz da Palestina, Abed Rabbo disse que a mudança na política dos EUA se deveu "à obstinação e rejeição israelense". Sugeriu que, se os norte-americanos não conseguem convencer Israel a suspender as obras nem "por um período limitado" serão incapazes também de "fazer Israel aceitar uma solução equilibrada sobre os fundamentos das resoluções internacionais e uma solução com dois Estados".

Outro negociador palestino, Saeb Erekat, disse que o governo de Barack Obama precisará responsabilizar Israel pelo "fracasso do processo de paz".
Em Washington, autoridades norte-americanas disseram que os EUA cogitam retomar as discussões em separado com palestinos e israelenses. Abed Rabbo afirmou ter sido informado na noite de terça-feira sobre o plano de negociações indiretas.

"Essa obstrução levou o governo norte-americano agora a escolher um novo método: retornar às negociações com duas partes, cada uma separadamente, a respeito de como tirar o processo político desta situação complicada."

Com agências