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Ortega propõe diálogo com Costa Rica com supervisão regional

 O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, propôs a sua colega costa-riquenha, Laura Chinchila, dialogar com o acompanhamento de nações latino-americanas, fora da Organização dos Estados Americanos (OEA), para "baixar as tensões" entre ambos os países, informaram neste sábado fontes oficiais.

O presidente nicaraguense colocou a Laura solicitar a nações latino-americanas que os acompanhem nesse encontro, como testemunhas, "para baixar tensões, porque afinal de contas este é um tema (litígio fronteiriço) que está na Corte" Internacional de Justiça, em Haia.

"Temos povos irmãos que poderiam ser testemunhas (dessa possível reunião), como Cuba, Venezuela, México (e) outra nação irmã que proponha a Costa Rica, com a qual se sinta mais identificada", sugeriu o líder sandinista.

Ortega fez esse convite depois que na quinta-feira passada rejeitou uma reunião proposta pela Costa Rica para o próximo dia 20 de dezembro com a supervisão da Organização de Estados Americanos (OEA). Ortega reiterou que seu governo está disposto ao diálogo bilateral "incondicional em qualquer momento", mas que a OEA não tem de participar, já que as resoluções adotadas pelo organismo "não têm nenhuma validade".

Nesse âmbito bilateral, segundo o nicaraguense, o que deve se discutido são os limites da fronteira, "que é o que finalmente vai solucionar tudo isto, mas sem a presença contaminante e manipuladora da OEA".

O conflito começou em 21 de outubro, quando San José acusou Manágua de ser responsável pelo vazamento de sedimentos no processo de dragagem do rio San Juan, algo que o governo de Daniel Ortega nega. Há ainda a acusação de que a Nicarágua "invadiu" com efetivos militares uma região de Ilha Calero que a Costa Rica considera parte de seu território. Manágua diz que seus soldados estão em sua área, destacados para combater o narcotráfico.

Com agências