Experimentos ilegais estadunidenses foram além da Guatemala
Experimentos ilegais de uma equipe médica estadunidense com humanos na década de 1940 se estenderam mais além da Guatemala, afirmou uma fonte citada hoje (13) pelo Diario de Centro América (oficial). Um integrante da comissão encarregada de investigar os casos em cidadãos da Guatemala, León Arango, assegurou que o grupo dirigido pelo doutor John Cutler fez o mesmo nos Estados Unidos, Índia e nações da África.
Publicado 13/12/2010 13:43
Cutler conduziu – de 1946 a 1948 – o contágio internacional de enfermidades venéreas em 610 mil guatemaltecas, entre prostitutas, presidiários, militares e deficientes mentais, segundo um informe tornado público por uma investigadora norte-americana.
Essa revelação levantou uma onda de indignação no país. O presidente Álvaro Colom qualificou o fato de crime de lesa-humanidade e ordenou criar uma comissão para realizar investigações a respeito.
Arango afirma que, segundo informação em seu poder, os experimentos de Cutler também foram feitos com presos de cárceres estadunidenses e moradores de uma comunidade do estado do Alabama, assim como em países africanos e asiáticos.
Tal como ocorreu na Guatemala, nesses países os supostos estudos foram permitidos a fim de se encontrar medicamentos capazes e contra-atacar os males causados em troca da instalação de laboratórios clínicos.
De acordo com Arango, assinala a nota, quem promoveu essas ações na Guatemala foi o ex-chefe da Divisão de Enfermidades Venéreas de Sanidade Pública, Juan Funes, que por essa época atuava no instituto de investigações sobre o assunto em Nova Iorque.
Fonte: Prensa Latina (tradução do Portal Vermelho)