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Suécia recorre e Assange deve ficar mais 48 horas sob custódia

Um tribunal de Londres autorizou nesta terça-feira (14) a libertação de Julian Assange, criador do WikiLeaks, sob o pagamento de fiança de 200 mil libras (R$ 541 mil). Assange continuará sob custódia por pelo menos mais 48 horas, já que a Justiça sueca apelou da decisão. A Suécia pede a extradição do australiano de 39 anos, acusado por suposto abuso sexual. O WikiLeaks, tornou-se a vedete atual do noticiário, após ter publicado mais de 250 mil documentos considerados confidenciais dos EUA.

A próxima audiência do caso no Reino Unido deverá acontecer em 11 de janeiro. Assange foi preso na capital britânica na semana passada e desmentiu ter praticado qualquer delito. O juiz Howard Riddle disse que caso Assange seja solto ele precisará respeitar regras rígidas: terá que usar um rastreador eletrônico, permanecer em um endereço registrado, reportar-se à polícia toda noite e respeitar dois turnos de toque de recolher de quatro horas a cada dia.

O advogado Geoffrey Robertson, que representou Assange no tribunal, afirmou que celebridades já garantiram com doações a quantia necessária para a fiança. Ex-juiz do tribunal da ONU para Serra Leoa, Robertson é especialista em casos relacionados à liberdade de expressão e tem clientes como o escritor Salman Rushdie, ameaçado de morte por fundamentalistas muçulmanos. Mark Stephens, outro advogado de Assange, ironizou a cobrança da fiança.

"É uma pena que ele não possa usar o Mastercard ou o Visa para ajudá-lo a conseguir" o valor necessário, segundo Stephens, se referindo ao bloqueio que as administradoras de cartão de crédito submeteram às contas dos responsáveis pelo WikiLeaks.

Nesta terça-feira, a advogada que representa a Suécia pediu que o fundador do WikiLeaks continuasse sem direito à fiança, alegando que as acusações "são sérias, que ele não possui vínculos fortes com o Reino Unido e tem dinheiro suficiente para escapar".

Da redação, com agências