Temer deixa a Câmara às vésperas da diplomação
O deputado Michel Temer (PMDB-SP) despediu-se hoje (15) da presidência da Câmara para ser diplomado no próximo dia 17 como vice-presidente da República. Em seu discurso, ele afirmou que deve ao parlamento toda a sua vida pública. “Foi desta Casa que retirei o entusiamo para concorrer em seis eleições e para esta última, junto com a presidenta Dilma.”
Publicado 15/12/2010 21:45
O “entusiasmo” de Temer está muito distante do que caracterizou o velho MDB das jornadas democráticas e patrióticas. Igualmente, falta entusiasmo no movimento popular organizado em relação à sua condução ao segundo cargo da República. Seja como for, espera-se que o vice-presidente de Dilma não atue como freio às mudanças que a nação reclama.
Ele informou aos deputados que quinta-feira (16) apresentará sua carta de renúncia à presidência da Câmara, cargo que está ocupando pela terceira vez. “Não poderia fazê-lo sem antes me despedir solenemente. Quero, ao despedir-me, dizer que no Legislativo temos consciência absoluta de nosso valor institucional. Somos representantes do único titular do poder que a Constituição indica, que é o povo,” disse o constitucionalista Michel Temer.
Ele afirmou que a Câmara às vezes acerta e em outros momentos erra, mas sempre com a melhor das intenções. Falou também da importância do Legislativo: “Somos a fonte fundamental, vestibular da lei. Ninguém poderá fazer senão em virtude do Poder Legislativo. Só há execução de acordo com a lei”.
Com a renúncia de Temer, a presidência da Câmara será ocupada pelo vice-presidente, deputado Marco Maia (PT-RS). Ontem, Marco Maia foi indicado candidato à presidência da Casa pelo PT, derrotando o outro pretendente, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), rejeitado pelas correntes de esquerda do Partido e pelo movimento sindical.
Com agências