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Candidato da oposição peruana promete luta anticorrupção

A luta contra a corrupção e pela mudança são os elementos centrais do programa da coalizão Gana Peru [Ganha Peru], que lançou a candidatura presidencial do líder nacionalista peruano Ollanta Humala nesta sexta-feira (17).

O bloco, de uma centena de organizações políticas de esquerda, regionais e sociais, entre elas a Confederação Geral dos Trabalhadores, foi criado pelo Partido Nacionalista, de Humala, para as eleições gerais de 10 de abril de 2011.

Ao confirmar a candidatura do ex-oficial do Exército, o bloco Gana Peru apresentou também aos seus acompanhantes e candidatos os dois cargos à vice-presidência, Marisol Espinoza, uma aguerrida parlamentar nacionalista, e Omar Chehade, ex-procurador anticorrupção.

Chehade ganhou prestígio ao se encarregar de gerenciar a extradição do ex-presidente (1990-2000) Alberto Fujimori do Chile, para seu julgamento e ulterior condenação a 25 anos de prisão por diversos crimes.

No lançamento do trio, ontem à noite, Humala ratificou a decisão de levar adiante uma grande mudança e combater a pobreza e a desigualdade.

Para isso, propôs fazer que com que a riqueza chegue a todos os peruanos, porque "já não é possível continuar convivendo com bolsões de pobreza extrema, sem água, sem encanamento, sem luz, sem salários dignos", porque "o crescimento econômico deve se traduzir em melhoras das condições de vida das pessoas".

Humala ofereceu também "um governo limpo, que livre o Peru da praga da corrupção".

"Não permitiremos que se roube, não permitiremos o tráfico de interesses, nem que se negociem os bens e o patrimônio do povo. Em meu governo ninguém saqueará ao Peru, nem viverá às suas custas", destacou.

Segundo o dirigente, a corrupção rouba e limita os fundos do Estado, descompõe a moral pública, destrói a educação e condenação aos peruanos à pobreza.

"A derrota da corrupção poupará ao Estado imensos recursos para serem aplicados ao desenvolvimento e ao progresso de nossas famílias", apontou.

Propôs também metas de inclusão e igualdade em matéria de descentralização, saúde, educação, emprego digno e a criação da segurança social universal.

Fonte: Prensa Latina