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Rússia aprova tratado Start de desarmamento nuclear

A Duma, câmara baixa do parlamento russo, aprovou hoje o tratado de redução de armas estratégicas Start em primeira leitura. O documento obteve 350 votos a favor e 58 contra.

russia - Reuters

Os deputados aprovaram o projeto de lei de ratificação do tratado, inscrito na ordem do dia, após a ratificação na quarta-feira pelo Senado norte-americano do documento assinado em abril pelos Presidentes russo, Dmitri Medvedev, e norte-americano, Barack Obama.

O chefe da comissão dos Negócios Estrangeiros da Duma, Konstantin Kossatchev, indicou que o texto de ratificação em segunda leitura, incluindo as disposições adicionadas à resolução pelo Senado norte-americano, será apresentado aos deputados em meados de janeiro.

Interpretação

Antes da votação, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, afirmou que Moscou "discorda totalmente" com a interpretação do Senado norte-americano na ratificação do Start, segundo a qual não existe qualquer ligação entre o tratado e a defesa antimíssil.

"Existe na resolução (da ratificação norte-americana) uma afirmação segundo a qual as disposições do preâmbulo do tratado não criam obrigação jurídica para a Rússia e para os Estados Unidos", declarou Lavrov na Duma (câmara baixa do parlamento russo), que debateu hoje na generalidade o Start.

"É precisamente aí (no preâmbulo) que está inscrita a ligação entre o Start e a defesa antimíssil bem como a influência do Start no armamento não nuclear e na estabilidade estratégica", precisou.

O chefe da diplomacia russa adiantou que as autoridades "não concordam em absoluto. É uma interpretação arbitrária dos princípios e das normas do direito internacional".

Disse ainda que "o tratado, como qualquer outro tratado, é um todo e um conjunto de acordos obtidos através de um longo trabalho, e deve ser aplicado no conjunto, sem qualquer restrição".
Contudo, Lavrov pediu os deputados russos a ratificarem o texto do tratado na generalidade.

"A ratificação do tratado Start-3 é uma etapa essencial para o país", defendeu, adiantando que "é necessário fazer de forma a que ninguém tenha dúvidas sobre o fato de que a Rússia defenderá todos os seus legítimos interesses".

Fonte: Lusa