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Jogos Olímpicos podem promover renovação urbana no Rio

Os êxitos da organização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, poderão ser transformados em benefícios permanentes para o próprio desenvolvimento da cidade.

Há 19 anos, a cidade de Barcelona, na Espanha, conseguiu fazer da Olimpíada pretexto para uma profunda renovação urbana. O evento de 1992 tornou-se o mais bem-sucedido modelo adotado por uma sede olímpica.

O responsável pela área de urbanismo da Prefeitura de Barcelona à época, Jordi Parpal Marfà, afirmava que "a ideia de realização dos Jogos era reconstruir a cidade".

Para tal, uniu-se esforço público e iniciativa privada.

Pela primeira vez na história de uma Olimpíada, o parque olímpico foi dividido em quatro espaços de menor dimensão, a menos de 5 km do centro, e em 15 subsedes. Todo o conjunto foi integrado por um complexo viário.

Do lado da organização carioca, as principais apostas de legado urbanístico da Olimpíada de 2016 estão concentradas no setor de transportes e na revitalização da zona portuária.

O projeto Porto Maravilha, que se espelha justamente no que aconteceu em Barcelona, prevê investimentos da ordem de R$ 7 bilhões para recuperar a região degradada no centro do Rio.

O pontapé inicial será dado com a construção de vilas para abrigar árbitros e imprensa. A ideia da prefeitura é usar os 10.600 novos quartos das duas vilas como parte de uma estratégia de repovoamento da zona portuária.

Também está prevista a instalação de hotéis na região. O elevado da Perimetral (semelhante ao Minhocão paulistano) será demolido para dar lugar a uma passagem subterrânea, melhorando a paisagem local.

Na área de transportes, haverá dois grandes investimentos. O primeiro é a extensão do metrô até a Barra, ao custo de R$ 4 bilhões.

O segundo é a criação de corredores expressos de ônibus ligando a Barra às zonas sul, norte e oeste, com custo somado de R$ 3,9 bilhões.

Fonte: Folha de S.Paulo