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Marco Maia se reúne com PDT mas sai sem declaração de apoio

A reunião entre o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e deputados do PDT para discutir apoio à candidatura do petista à Presidência da Casa, nesta quinta-feira (6), em São Paulo, terminou sem acordo.

“Tem uma tendência muito grande em apoiar, mas estamos pedindo um tempo até a próxima quarta-feira [12]”, disse o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical.

A reunião, na sede do PDT estadual, na zona sul de São Paulo, reuniu nove deputados pedetistas e sete petistas. Segundo Paulinho, o partido apresentou a Maia demandas como reabertura da discussão sobre o reajuste do salário mínimo e participação na Câmara proporcional às bancadas das siglas.

O PDT, que apoiou a candidatura da presidente Dilma Rousseff e manteve o Ministério do Trabalho no novo governo, elegeu 28 deputados em 2010, a oitava maior bancada da Casa.

“O PDT tem 7% da Casa, e queremos ter 7% de relatorias, representantes em comissões”, disse o deputado e sindicalista.

Sobre a discussão do salário mínimo, Paulinho, que apresentou nesta semana emenda que propõe elevar o valor para R$ 580, acima dos R$ 540 defendidos pelo governo, reivindicou a reabertura do debate entre governo e centrais sindicais.

“Estamos pedindo ao Marco Maia que discuta com o governo reabrir negociações com as centrais. É lógico que não vai resolver, mas apazigua muito lá na frente, porque não vai ter pressão popular [no momento da votação]”, disse o pedetista.

Maia procurou contemporizar sobre o tema, defendendo o papel de “mediador” da Presidência da Câmara. “Quando o governo mandou a proposta de reajuste, ele precisa entender que o Congresso é um espaço de debate.. […] Não cabe à Presidência da Cãmara definir se aumento do salário mínimo vai ser A, B ou C, mas conduzir a discussão”, afirmou.

O petista também minimizou as tensões na base do governo, sobretudo entre PT e PMDB, em torno da indicação de cargos no Executivo. “A aliança com o PMDB é muito forte, sólida, construída ao longo do tempo. […] Partidos têm todo o direito de reivindicar, de ir atrás de seu espaço”, afirmou.

Maia também disse “respeitar” eventuais candidaturas concorrentes à Presidência da Câmara dentro da própria base governista – os nomes de Sandro Mabel (PR-GO) e de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) são cotados. “A disputa é inerente à atividade política", disse.

Fonte: G1