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Professor elogia integração social e econômica contra a pobreza

O principal avanço do programa de erradicação da pobreza extrema é a possibilidade de integrar as áreas social e econômica. A avaliação é do pesquisador em política social da Universidade de Brasília (UnB), Vicente Faleiros. "O Brasil demorou a compreender que o caminho é a integração", destaca Faleiros, ao elogiar o programa de erradicação da pobreza anunciado na primeira reunião ministerial comandada pela presidente Dilma Rousseff.

Professor do curso de Assistência Social, Faleiros afirma ser necessário definir como se dará a inclusão social e produtiva dos assistidos. Ele defende o fortalecimento do cooperativismo como uma porta de saída do programa de transferência de renda. "É preciso reinventar o serviço e profissionalizar a gestão de oferta", afirma.

De acordo com o especialista, o país vive em busca de novo paradigma, mas ninguém tem coragem de defendê-lo. Seria algo entre o assistencialismo e o mercado do lucro.

Com o cooperativismo, as pessoas receberiam qualificações e oportunidades não dadas pelo mercado, segundo ele. "As pessoas teriam emprego, mas sem a lógica brutal do mercado, por meio da ajuda mútua", diz, acrescentando que "seria o mundo ideal. Precisamos saber se conseguiremos levá-lo para a realidade".

Para Faleiros, os gestores municipais precisam ser capacitados para trabalhar com projetos de assistência social, pois não o são. E, em seguida, é necessário reformular as políticas públicas, destaca.

O plano de combate à pobreza, a ser desenvolvido nos moldes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), prevê a inclusão produtiva dos mais pobres, a ampliação da rede de serviços e o aprofundamento do trabalho de transferência de renda.

De Brasília
Com Agência Estado