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Fidel culpa grandes potências por morte de cientistas iranianos

O ex-presidente de Cuba Fidel Castro acusou nesta sexta-feira (07) os governo de Israel, Estados Unidos, Grã Bretanha e de "outras potências" de organizarem "uma carnificina" contra cientistas iranianos.

Em um de seus artigos para a imprensa, intitulado "O que diria Einstein?", Fidel escreveu que "não lembro outro momento da história em que o assassinato de cientistas tenha se tornado a política oficial de um grupo de potências equipadas com armas nucleares". Fidel cita em seu texto matérias jornalísticas que reportaram atentados contra cientistas da nação persa e outros sequestros.

"O pior é que, no caso do Irã, estão aplicando-a [política] a uma nação muçulmana, com a qual poderiam competir e superá-la em tecnologia, mas não poderiam fazê-lo jamais (…), caso o Irã decida aplicar aos profissionais de seus adversários a mesma fórmula absurda e criminosa", observou, em referência a possíveis retaliações suicidas por parte do povo iraniano.

Desde que voltou a fazer aparições públicas, em julho de 2010, Fidel tem tratado em seus discursos e textos sobre o perigo de uma eminente guerra nuclear caso os governos norte-americano e israelense, que possuem armamentos nucleares, ataquem Teerã, acusado de desenvolver bombas da mesma espécie.

O líder cubano afirmou que "existem outros graves acontecimentos relacionados com a carnificina dos cientistas, organizados por Israel, EUA, Grã Bretanha e outras potências contra os cientistas iranianos, sobre os quais os grandes meios não informarão à opinião mundial".
Fidel citou um artigo recente do jornalista norte-americano Jeffrey Goldberg, publicado na revista The Atlantic, que vincula uma secreta "operação de frustração" com recentes sequestros de cientistas iranianos.

Nesta sexta-feira (7), a alta representante da União Europeia para a Política Externa e a Segurança, Catherine Ashton, disse que o bloco rejeitará o convite das autoridades iranianas para que seus países visitem as instalações nucleares do país, argumentado que é papel da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) fazer as inspeções nestes locais.

Fonte: Opera Mundi