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Recessão global e crise da dívida permanecem no horizonte

Os efeitos da recessão global e da crise da dívida europeia continuam na agenda da economia mundial e os prognósticos não são favoráveis.

Citado por BBC Mundo, o diretor de Previsões Globais da Unidade de Inteligência da revista The Economist, Robert Ward, referiu-se ao resfriamento do panorama econômico.

Ward calcula que embora em 2010 tenha havido um crescimento de 4,6 por cento, em 2011 será de 3,7, pero sem descartar a posibilidade de uma dupla recessão.

Por sua parte, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinalou recentemente que a recuperação global está perdendo força, pois o avanço é insuficiente para recuperar nos próximos dois anos os milhões de empregos perdidos desde o início da conjuntura recessiva.

O especialista advertiu que a debilidade dos países desenvolvidos, o baixo crescimento dos Estados Unidos e a crise da dívida europeia, agravam ainda mais a situação internacional.

O organismo destacou os avanços de nações como a China, a India e o Brasil, que contribuíram significativamente para a expansão global desde finais de 2009.

Segundo o critério de alguns especialistas, em épocas de recessão o estímulo fiscal é essencial para impulsionar o crescimento da economia.

Entretanto, esse pressuposto está em completa contradição com os severos planes de ajuste impulsionados principalmente por governos europeus, com o pretexto de combater os elevados déficites fiscais.

A esse respeito, a Comissão Europeia (CE), calculou recentemente que o avanço da Eurozona será 1,5 ponto mais lento em 2011, na medida em que os governos diminuam seus gastos.

Estimou uma redução do déficit fiscal nos próximos dois anos e um aumento da dívida soberana.

Por isso, se rebaixar ou não o déficit é a chave para a recuperação, isto se apresenta como um verdadeiro enigma no pedregoso caminho a percorrer.

O certo é que a três anos da eclosão da recessão global e a um da crise da dívida europeia, o futuro, ao menos o mais próximo, parece incerto, sobretudo pelas opiniõs que apontam uma recaída.

Prensa Latina