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"Argentina tem aliança estratégica e fraternal com Brasil"  

O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, elogiou a decisão do governo brasileiro de impedir a parada estratégica, no Porto do Rio de Janeiro, de dois navios de bandeira inglesa que seguiam para as Ilhas Malvinas. Timerman a classificou a medida como um de "gesto que demonstra a aliança estratégica e de fraternidade" com a Argentina.

"Este movimento mostra a nossa estreita relação. É parte desta relação de construção que fizemos, uma aliança estratégica e de fraternidade, demonstrada não só por intermédio do comércio, mas do econhecimento da soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas”, afirmou o ministro.

O Itamaraty confirmou que os navios Clyde e Glowcester não receberam autorização para uma “visita operativa”, que é conhecida como parada obrigatória, no final de dezembro de 2010. A rejeição ao pedido se baseou em um acordo que o Brasil mantém com a Argentina que proíbe o apoio a embarcações e aeronaves oriundas do Reino Unido, que se destinam à exploração de bens naturais nas Ilhas Malvinas.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmoué padrão a decisão brasileira de impedir que um navio de guerra britânico vindo das Malvinas atracasse no Brasil. “É padrão porque todas as demandas que são feitas de aviões ou navios britânicos em operações de guerra nas Malvinas, o Brasil não aceita. Nós reconhecemos a soberania da Argentina sobre as Malvinas e não da Inglaterra”, disse Jobim

Em 3 de agosto de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma declaração ao lado da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em que o Brasil se compromete a reconhecer que não só as Ilhas Malvinas, mas também Geórgia do Sul e Sandwich do Sul pertencem aos argentinos.

Desde o século 19, a Argentina e a Inglaterra disputam o controle sobre as Ilhas Malvinas, que estão sob comando inglês desde 1833. Em 1982, houve a Guerra das Malvinas, quando, pelos dados oficiais, morreram 649 soldados argentinos, 255 ingleses, além de moradores das ilhas. Os argentinos saíram derrotados.

A presidenta Dilma Rousseff escolheu a Argentina como primeiro país a ser visitado. Ela irá a Buenos Aires no próximo dia 31 e no dia 1º de fevereiro a Montevidéu, no Uruguai.

Com Agência Brasil