Investimentos para a área de E&P poderão chegar a R$ 2,1 bilhões

Valores para 2011 ainda dependem de aprovação e representam crescimento de 23% em relação a 2010.

Em reunião realizada no último dia 12 de janeiro, a Gerência da UO-RNCE apresentou ao SINDIPETRO/RN os números relativos aos investimentos previstos e resultados esperados pela E&P para o ano de 2011. A exposição foi solicitada pela entidade sindical, preocupada com a forma pela qual tem sido enfrentado o problema – sempre alardeado pela UO – do elevado custo de extração do petróleo no Estado.

Os dirigentes afirmam que, caso sejam aprovados, os investimentos totais previstos para a área de E&P poderão chegar a R$ 2,1 bilhões, superando o volume executado em 2010, em aproximadamente 23%. Os recursos para Desenvolvimento da Produção, que incluem perfuração e instalação de novos poços, chegariam a R$ 1,2 bilhão, enquanto que, infra-estrutura, suporte e exploração somariam, aproximadamente, R$ 900 milhões.

Comparativamente a 2010, a meta de número de poços perfurados deverá ser reduzida. Em 2010, foram 284 e, para 2011, estão programados 244. A justificativa apresentada pela Gerência é a de que a meta de 2010 foi superada e que, por isso, a programação prevista para 2011 foi “invadida”. A redução das metas de perfuração coincide com informação colhida junto à E&P-NNE/CPT.

Para 2011, a antiga Gerência NNE de Sondagem Terrestre (hoje CPT) prevê o funcionamento de apenas sete sondas de perfuração no Estado. O fato é preocupante porque deverá agravar o quadro de empregabilidade no setor privado, acentuando uma tendência registrada nos dois últimos anos. Em 2009, o Estado mantinha 13 sondas de perfuração, e em 2010, foram 11.

Produção – Para este ano, segundo a Gerência da UO-RNCE, o incremento da produção – mesmo com os investimentos já realizados – deverá ser tímido. Nas previsões apresentadas, os projetos de injeção de água em Canto do Amaro e Ubarana, e de vapor, no Alto do Rodrigues, deverão surtir efeitos mais sensíveis, apenas em 2012. Para o próximo ano, projeta-se um crescimento geral da ordem de 17% na produção diária da UO, comparativamente a de 2009.

O fato é alvissareiro porque a elevação da produção reduzirá o custo de extração do petróleo no Estado, hoje estimado em R$ 57 / barril, ante uma média nacional de R$ 15. Mas, para o SINDIPETRO/RN, a questão central nesse debate é a dos investimentos em novos poços exploratórios. Nesse sentido, a Gerência informa que foram concedidas autorizações para perfuração em águas rasas norte-riograndenses; que poços exploratórios terrestres estão sendo perfurados na Bacia do Rio do Peixe, em municípios paraibanos; e que, para 2011, também foram programadas a perfuração de três poços em águas profundas, sendo dois no CE e um no RN.
 

Sindipetro/RN