Macau ganha sua Jornada Literária
Dentro da programação do Circuito Potiguar do Livro, incentivado pela Lei Câmara Cascudo, está a “I Jornada Literária de Macau”, com abertura marcada para a próxima terça-feira, às 19h, no Teatro Porto de Ama, em Macau. “Nós estamos plantando uma semente em Macau, com esta jornada, pois queremos levar para a cidade, a Feira do Livro, que é uma estrutura muito maior”, disse o jornalista e organizador da jornada, Osni Damasio.
Publicado 14/01/2011 08:59 | Editado 04/03/2020 17:08
Às 19h15 vai ter a apresentação do Grupo de Dança de Porto de Ama e logo em seguida, às 19h45, haverá debate com Vicente Serejo, Horácio Paiva e Abimael Silva. Eles falarão sobre os desafios da literatura potiguar. Às 21h, a primeira noite da jornada é agraciada com a apresentação do poeta mossoroense Antônio Francisco.
O segundo dia do evento começa às 19h, com apresentação de música, do Projeto Movimeto Cultural. Haverá também Bate Papo com Ana Santana, Salizete Freire e Clotilde Tavares. O assunto do bate-papo é a participação da mulher na literatura do Rio Grande do Norte. Às 20h30 o poeta Paulo Varela faz sua intervenção, encerrando a programação da I Jornada Literária de Macau.
Bem-te-vis e Gaviões
“Bem-te-vis e Gaviões” é o sexto livro do padre Antônio Murilo de Paiva. É um livro de verso e prosa. São conjugadas poesias e fatos em homenagem a Dom Nivaldo Monte e Padre Sabino Gentili. A publicação do livro foi feita pela Fundação Parnamirim de Cultura, no formato de 15 x 22 cm e contém 403 páginas.
Padre Sabino Gentili e Dom Nivaldo Monte: homens diferentes, todavia comprometidos com a mesma causa: a religião. “Como eu não sei fazer outra coisa senão misturar as coisas, aqui juntei coisas que aprendi com eles”, disse padre Antônio Murilo.
A partir de sua concepção, que transpõe a linearidade silenciosa do espaço exclusivamente literário, para alcançar outro universo, o do diálogo musical, profético, orquestrado pelos bem-te-vis. Os pássaros em seu canto, parece manter afastada a cobiça dos gaviões. O caminho adotado pelos bem-te-vis é para o autor, o mesmo que deveria adotar os homens.
Alguém já disse que o futuro tem uma memória infinita. Assim, mesmo afora as belas homenagens prestadas ao Padre Sabino Gentili e a Dom Nivaldo Monte, é certo que o tempo deste livro é o tempo da memória, muito provavelmente porque o amparam as lições de evangelização, ensinadas com a dialética da natureza, e, sobretudo, a poesia, não menos encantadora.