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Prefeito estima custo da reconstrução de Teresópolis em R$ 500 mi

Os prejuízos causados pela chuva à economia da região Serrana do Rio de Janeiro ainda não puderam ser estimado, mas provavelmente ficarão na casa dos bilhões.

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (14), o prefeito de Teresópolis, Jorge Mário, estimou que a reconstrução do município custará cerca de R$ 500 milhões. O prefeito, que se reuniu ontem com a presidente Dilma Rousseff, o governador Sérgio Cabral e vários ministros, entregou um relatório preliminar com dados de avaliação dos estragos da chuva no município.

Segundo Jorge Mário, apenas as obras emergenciais de limpeza de ruas e estradas, reestabelecimento do trânsito e liberação de vias públicas devem custar R$ 98 milhões, verba já liberada pela presidente DIlma Rousseff, de acordo com o prefeito.

O prefeito também anunciou a criação de um fundo municipal emergencial chamado SOS Teresópolis. A Câmara dos Vereadores, em sessão urgente, irá aprovar ainda hoje a criação do fundo. A prefeitura já disponibilizou R$ 5 milhões para o fundo, que servirá essencialmente para a compra de móveis e utensílios domésticos destinados às famílias desabrigadas que perderam tudo.

Jorge Mário disse que durante a reunião de ontem, Dilma prometeu também a liberação de verba para o pagamento de 2.500 aluguéis sociais, cada um no valor de R$ 400. No entanto, o prefeito admitiu que a cidade ainda não possui estrutura para a construção de grandes conjuntos habitacionais, dado que não há grandes áreas vazias disponíveis no município.

Mais de 500 mortos

A sexta-feira (14) na região serrana do Rio de Janeiro começou com chuva e com aumento nos números de mortos em função dos deslizamentos dos últimos dias, nesta que já é considerada a maior tragédia climática do Estado e do país. Até as 11h, pelo menos 514 pessoas mortas já haviam sido confirmadas em dados fornecidos pelas prefeituras e Defesas Civis dos municípios atingidos, além da secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio (Sesdec). Segundo a Polícia Civil do Estado do RJ, 492 corpos já foram identificados até as 6h desta sexta — 219 de Teresópolis, 225 de Nova Friburgo, 35 de Itaipava, em Petrópolis, e 13 de Sumidouro. É provável que, na contagem final, o número de vítimas fatais ultrapassa 1 mil.

No município de Teresópolis, a Defesa Civil local confirmou hoje de manhã 228 mortos, sendo que 102 corpos já foram liberados para sepultamento.

Nova Friburgo contabiliza pelo menos 226 mortos, entre os quais, três bombeiros. Em entrevista ao UOL Notícias na cidade ontem (13), o comandante do bombeiros no RJ, Pedro Machado, admitiu que o necrotério improvisado na praça Getúlio Vargas, região central, está preparado para receber 400 corpos. Das cidades atingidas, Nova Friburgo é a que apresenta maior dificuldade de atualização e confirmação de números, uma vez que o sistema de telefonia está em pane desde a madrugada de segunda (10) para terça (11), e também porque os balanços do Estado não são repassados com dados mais recentes dos bombeiros estaduais.

Petrópolis, com os registros de Itaipava, segundo os dados da Sesdec, tem 41 mortes confirmadas. A prefeitura local decretou situação de emergência, mas salienta que o restante da cidade não foi devastado, a exemplo do distrito.

Fonte: Daniel Milazzo para Uol