Prédios da educação estão com pagamento atrasado
Pelo menos 50 prédios alugados pela Prefeitura de Natal para abrigar serviços da educação estão com pagamentos atrasados. A situação foi relatada pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Fátima Cardoso. Ela afirma que a categoria espera ainda uma resposta do Executivo quanto ao reajuste salarial para evitar uma greve no início do ano letivo.
Publicado 21/01/2011 15:27 | Editado 04/03/2020 17:07
De acordo com a sindicalista, existe uma lei que estabelece um reajuste de 15,29% no mês de janeiro. No entanto, até a agora a Prefeitura Municipal não se manifestou sobre o salário dos servidores da educação.
“No ano passado, tivemos 26 dias de greve. Este ano, não queremos uma nova greve, até porque a população tem direito a educação. Mas é preciso a contrapartida”. Fátima Cardoso disse que são 4.300 professores na rede municipal, com uma folha de pagamento de R$ 4,5 milhões.
“Para se ter uma ideia, temos questões salariais remanescentes de 2009 e 2010, como o reajuste em torno de 20% para os professores que passaram para nível superior”, lembra a presidente do Sinte.
Fátima comentou também que vários prédios alugados para a educação estão com as contas atrasadas. “Os proprietários continuam a se queixar, procurando o Sindicato para dizer que não receberam. São aproximadamente 50 prédios nessas condições”.
Ela explicou que atualmente o município tem 70 escolas com sedes próprias e 56 Centros Municipal de Educação Infantil (CMEIs), dos quais 40 são instalados em prédios locados.
“Além disso, os prédios não foram avaliados, como a estrutura hidráulica e elétrica. Na próxima semana, vamos fazer uma visita a todas as escolas. Vamos ver se chega fardamento para os alunos, se os recursos estão sendo repassados, porque até o mês passado as escolas estavam vivendo de recursos federais e do apoio da população”, ressalta.
A presidente do Sinte criticou ainda a terceirização dos serviços de educação. De acordo com Fátima Cardoso, a Prefeitura deveria realizar um concurso público para contratar novos professores, isso porque, segundo ela, a contratação temporária tem custo muito mais elevado.
“Marcamos uma assembleia para o dia 9 de fevereiro, quando terá início o ano letivo. Fazemos um apelo ao prefeito em exercício [Paulinho Freire] para que ele encontre a solução para esse problema”, completa a sindicalista.