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Autoridades palestinas negam suposta oferta de Jerusalém a Israel

Pouco depois da revelação de novos documentos vazados ao WikiLeaks, autoridades palestinas negaram que tenham oferecido a Israel boa parte da cidade velha de Jerusalém, como indicariam os papéis divulgados no domingo pela TV árabe Al-Jazeera.

Segundo os documentos, numa das maiores concessões já feitas em negociações de paz na região, palestinos teriam concordado, secretamente, em permitir que Israel anexasse todos os seus assentamentos no leste de Jerusalém, exceto o de Har Homa.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, garantiu que os países árabes foram completamente informados sobre as negociações com Israel. Os documentos afirmam que Israel informou Abbas previamente sobre planos para invadir a Faixa de Gaza, governada pelo grupo islâmico Hamas. O presidente da ANP, que é do movimento secular Fatah, já havia rejeitado essa informação anteriormente.

– Eu não sei de onde a Al-Jazeera tirou coisas secretas – disse Abbas no Cairo, segundo a agência de notícias palestina Wafa. – Não há nada para esconder de nossos irmãos, os árabes.

O atual negociador chefe dos palestinos, Saeb Erekat, também desmentiu as informações. Ele classificou a notícia como “mentiras e meias-verdades”. Segundo Erekat, a proposta sobre Jerusalém foi feita por Israel e não houve uma oferta palestina para limitar o retorno de refugiados aos territórios ocupados, ao contrário do que sustentam os papéis.

Com agências