Processo para libertar reféns das Farc começa na Colômbia
O governo da Colômbia anunciou nesta segunda-feira o início do processo para libertar cinco reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), três militares e dois civis, depois que a guerrilha forneceu as coordenadas dos locais onde provavelmente serão entregues a partir da próxima quinta-feira.
Publicado 31/01/2011 14:10
"Na noite de ontem (domingo), a dra. Piedad Córdoba informou ao governo nacional que já recebeu as coordenadas das áreas do território nacional, onde ocorrerão as libertações de cinco dos reféns que hoje se encontram em poder das Farc", indicou um comunicado da presidência.
Segundo o texto oficial, "os aeroportos das cidades de Villavicencio (centro), Florencia (sul) e Ibagué (cetro-oeste) serão os locais de onde partirão e aonde chegarão os helicópteros que transportarão as pessoas colocadas em liberdade".
Ainda segundo Córdoba, os técnicos brasileiros que participarão da logística para a libertação de cinco reféns chegam nesta segunda à Colômbia. "Os técnicos brasileiros chegarão amanhã (segunda-feira) à Colômbia, e analisarão as condições para a entrega dos reféns e autorizarão o ingresso dos helicópteros brasileiros nos quais os libertados serão transportados", informou a emissora RCN, citando Córdoba.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) – a maior guerrilha do país – anunciaram em 7 de dezembro que libertariam o major da polícia Guillermo Solórzano, o cabo do exército Salín Sanmiguel, o infante da Marinha Henry López Martínez e os conselheiros Marcos Vaquero e Armando Acuña, sequestrados entre 2007 e 2010.
Os uniformizados fazem parte de um grupo de 19 policiais e militares que a guerrilha tem em seu poder, enquanto os dois políticos são os únicos civis que as Farc mantêm prisioneiros.
Os cinco reféns já estariam nos locais estabelecidos para serem entregues a um comitê humanitário, conforme anunciou na sexta-feira a ex-senadora, acrescentando que a guerrilha aceitou o protocolo de segurança apresentado pelo governo colombiano.
O governo colombiano acertou na semana passada com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) a suspensão, por 36 horas, das operações militares na área onde serão entregues os cinco reféns.
"As operações da Força Pública serão suspensas durante um período de 36 horas em um âmbito geográfico a ser estabelecido (…) dentro das estritas necessidades de segurança deste processo", informou o ministro colombiano da Defesa, Rodrigo Rivera. O ministro esclareceu que a suspensão das operações "não inclui o patrulhamento da polícia nos centros urbanos".
Com AFP