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Em reunião com Mantega, Força diz que não aceita mínimo de R$ 545

O secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, vai conversar separadamente com cada uma das seis centrais sindicais antes da reunião geral marcada para sexta-feira (4), quando deverá ser fechado o acordo sobre o reajuste do salário mínimo. A conversa nesta quarta-feira foi com a Força Sindical e contou com a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Segundo o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Perreira da Silva, o Paulinho, Mantega está apelando às centrais que aceitem o valor proposto pela área econômica, de R$ 545, "com o argumento da responsabilidade fiscal, da questão dos gastos, que o governo vai ter de fazer contingenciamento". Em compensação, segundo Paulinho, a equipe econômica do governo poderia discutir a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física.

Conforme narrou Paulinho, Mantega disse, na reunião, que o salário mínimo acima dos R$ 545 seria visto como gasto e criaria expectativa de mais inflação pelo mercado. O sindicalista respondeu que, para a Força, é muito difícil fazer um acordo que não contemple o reajuste maior do salário mínimo.

Paulinho afirma que, além da medida provisória do salário mínimo, o governo precisa enviar ao Congresso a formalização da política de valorização do mínimo com base na variação do Produto Interno Bruto (PIB). “Queremos que a presidenta Dilma mande na medida provisória o atual acordo — a inflação mais o PIB do ano anterior. Queremos que ela coloque essa política na medida provisória que será enviada ao congresso para que possamos aprová-la e ter validade para os quatro anos.”

Adiamento

A pedido da Presidência, a reunião Gilberto Carvalho e as centrais sindicais foi adiada para a próxima sexta-feira (4), às 10 horas, e ocorrerá em São Paulo. O encontro estava agendado para um dia antes.

Segundo o presidente da CTB, Wagner Gomes, os sindicalistas foram claros na reunião da semana passada: além do reajuste do mínimo para R$ 580,00, eles defendem a correção da tabela do IR baseada na inflação medida em 2010, de 6,46%, e um aumento de 10% para as aposentadorias.

“Colocamos na mesa o que pretendemos fazer caso não haja acordo com o governo: iremos batalhar por nossas reivindicações no Congresso, onde certamente teremos condições de conseguir reajustes mais justos”, disse Wagner Gomes.

Da Redação, com agências