Bush pediu invasão do Iraque 15 dias depois do 11 de Setembro
Duas semanas depois do ataque de 11 de Setembro de 2001, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, já tinha em mente invadir o Iraque, afirmou nesta quinta-feira (3) o secretário de Defesa da administração Bush, Donald Rumsfeld.
Publicado 03/02/2011 18:44
O diário The New York Times revelou trechos das memórias de Rumsfeld, que relata que pouco depois dos ataques, o chefe da Casa Branca o chamou ao gabinete oval para uma reunião.
"Durante o encontro, Bush me solicitou uma revisão dos planos de guerra contra o Iraque", sublinha Rumsfeld.
Em seu livro, rechaça as críticas de vários comandantes estadunidenses pelo envio de poucas tropas ao Iraque, ao assinalar que nunca recebeu um pedido oficial de mais forças durante a invasão de 2003.
Bush ordenou o ataque à nação do golfo Pérsico em março de 2003, após uma campanha midiática de meses, na qual tentou vincular o governo iraquiano com a suposta rede terrorista al-Qaida, acusando o país de desenvolver também um programa de armas nucleares.
Ambas as denúncias resultaram como falsas, apesar de que em reiteradas ocasiões o então presidente americano insistisse em defender a guerra e a ocupação.
Em suas memórias, Rumsfeld afirma que as técnicas de interrogatórios em detidos que aprovou "eram menos extremas" que as usadas pela CIA.
Mesmo assim, defendeu a "política antiterrorista" de Bush, extremamente criticada tanto dentro quanto fora do país.
Várias organizações como a União Estadunidense para as Liberdades Civis apresentaram demandas nos tribunais contra o ex-secretário de Defesa, pela sua participação nas torturas contra prisioneiros.
Durante sua gestão à cabeça do Pentágono, Rumsfeld foi duramente questionado também pelas torturas cometidas por militares estadunidenses contra prisioneiros cometidas na prisão iraquiana de Abu Ghraib.
Fonte: Cubadebate