Vanessa é eleita para Mesa Diretora do Senado

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) foi eleita nesta quinta (3) para uma das quatro vagas das suplências das secretarias da Mesa Diretora do Senado. Os candidatos obtiveram 51 votos favoráveis e cinco contrários do total de 56 votos. A escolha deles concluiu a composição da Mesa.

Primeiro discurso de Vanessa no Senado - Waldemir Barreto/Senado

Ela agradeceu o apoio dos colegas e dos partidos que chegaram a um consenso para escolha dos últimos integrantes da Mesa. Além da senadora amazonense, foram eleitos para as suplências Gilvam Borges (PMDB-AP), João Durval (PDT-BA) e Maria do Carmo Alves (DEM-SE).

Vanessa explicou que diferente da Câmara dos Deputados, onde ela exerceu três mandatos, a Mesa do Senado define a pauta de votação da Casa, inclusive com a participação dos suplentes. “Isso é muito importante para quem está chegando na Casa, ou seja, poder contribuir decisivamente nos próximos dois anos com os trabalhos legislativo”, disse.

“Quero cumprimentar a nossa camarada Vanessa Grazziotin, primeira mulher comunista a ter assento no Senado Federal e também pela sua eleição para a Mesa Diretora dos trabalhos como suplente. Será uma honra e uma alegria a gente poder tê-la como uma das dirigentes desta Casa”, afirmou o líder do PCdoB no Senado, Inácio Arruda (CE).

Discurso
No seu primeiro discurso como senadora, Vanessa fez um balanço da sua trajetória política desde o movimento estudantil no início da década de 80 quando foi a primeira mulher a presidir o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Também destacou sua participação no movimento dos professores na luta pela conquista do piso salarial da categoria e da elaboração do novo Estatuto do Magistério. Lembrou da sua filiação ao PCdoB, em 1980, e a primeira eleição em 1988 para Câmara Municipal de Manaus, onde permaneceu por três mandatos.

Na Câmara dos Deputados, onde também exerceu três mandatos consecutivos, ela afirmou que no primeiro deles, 1998-2002, fez dura oposição ao governo do presidente Fernando Henrique Cardoso em defesa dos direitos históricos dos trabalhadores.

Além da proteção dos direitos dos trabalhadores, pautou seus mandatos em defesa da manutenção dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus e do desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Exerceu cargos importantes na Câmara como a presidência da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; coordenação da bancada do Amazonas; presidente do Grupo Brasileiro do Parlatino e o Grupo Parlamentar Brasil Cuba, o qual ainda coordena.

Também foi vice-presidente da Comissão Permanente Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional e líder do PCdoB na Câmara. Nos três mandatos de deputada federal, ela foi sempre avaliada como uma deputada muito atuante e, na lista do Diap, de 2010, classificada entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional.

Aliada do então Governo Lula, fez um balanço positivo dos oito anos do ex-presidente. Destacou a geração de mais de 14 milhões de empregos, três vezes a mais do que os oito anos de FHC.
Por fim, disse que assumia o mandato de senadora como aliada do Governo Dilma para aprofundar as mudanças que começaram com Lula.

Como representante do Amazonas, Vanessa disse que será intransigente na defesa da Zona Franca, que é considerada “a mais eficiente política de combate às desigualdades regionais que vem dando certo no país.”

Disse que vai ajudar a levar mais investimentos ao Estado que se prepara para receber a Copa do Mundo de 2014. Para isso, será necessário concluir obras importantes na área de infraestrutura: A Arena Esportiva, Aeroporto Internacional, Porto, monotrilho e setor energético.

“Vamos trabalhar também para levar os incentivos da Zona Franca para a Região Metropolitana de Manaus, um compromisso de campanha. Os municípios do interior também necessitam de investimentos pesados na área de educação e saúde com a construção de escolas de tempo integral e a contratação de médicos especialistas. Defenderei também a instalação de um polo gás-químico no Estado.”

De Brasília,
Iram Alfaia