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Chanceler cubano destaca força das relações com a Bolívia

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, que concluiu uma visita oficial à Bolívia, destacou a força dos laços bilaterais entre os dois países, o que se confirmou durante intercâmbio com as autoridades e diferentes setores sociais.  

Na atribulada agenda de dois dias, Rodriguez foi recebido no Palácio Quemado pelo presidente boliviano, Evo Morales, que conversou sobre a situação bilateral e internacional.

Nos assuntos de cooperação com a Bolívia, em que Cuba presta serviços em áreas como saúde e educação, os ministros debateram a possibilidade de serem exploradas novas áreas, como esportes, em uma nova etapa de integração.

Eles também enfatizaram os laços de amizade e solidariedade que unem os dois povos e governos, cuja visita de Rodriguez a La Paz é uma expressão genuína.

O ministro de Relações Exteriores de Cuba também assinou, com o chanceler anfitrião, David Choquehuanca, uma Declaração Conjunta, que reafirma o apoio de Havana à liderança da Bolívia na defesa dos direitos da Mãe Terra e os esforços unidos na busca de um mundo mais justo e inclusivo.

Acesso ao mar e direito à cultura

Cuba também reafirma o direito legítimo dos bolivianos exigirem o acesso ao mar e em defesa da mastigação da folha de coca (acullico), como uma herança ancestral e patrimônio cultural, disse Rodriguez.

O ministro das Relações Exteriores do país caribenho também participou, juntamente com o presidente Morales, da celebração do 12º aniversário da revolução bolivariana na Venezuela, e da abertura do primeiro quarto-piloto de reabilitação para deficientes físicos com serviços gratuitos.

O novo centro médico é o resultado da Missão de Solidariedade Moto Mendez, um estudo nacional que incluía a ajuda de Cuba e da Venezuela e conseguiu identificar mais de 82 mil pessoas com deficiência.

Nos dois eventos, o diplomata cubano ressaltou a importância de avançar em conjunto com as nações da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), em benefício dos seus povos.

Também ponderou sobre a importância para a região das conquistas democráticas da revolução cultural liderada Morales desde janeiro de 2006.

Rodriguez disse que a direção da Revolução Cubana e as pessoas em geral estão orgulhosas dos médicos e professores que cumprem missão internacional na Bolívia.

Unidade contra o imperialismo

Ele também afirmou que o seu povo e o seu governo se orgulham da sua amizade com a Bolívia e sentem uma enorme dívida de gratidão pela solidariedade para com seu país, que o ajudou a resistir a agressões dos Estados Unidos.

Durante visita ao Hospital Integral Comunitário, um centro oftalmológico, uma clínica, e outras instituições onde trabalham profissionais de saúde, pude apreciar a calorosa recepção oferecida pelo povo boliviano, especialmente os setores de mais baixa renda.

La comitiva que encabezó Rodríguez, integrada además por la directora de América Latina de la cancillería cubana, María Elena Ruiz, sostuvo también un encuentro con los presidentes de Diputados, Héctor Arce, y de Senadores, René Martínez, con quienes constató el futuro de acciones legislativas entre ambos países.

A comitiva que levou Rodriguez, composta pela diretora latino-americana da Chancelaria cubana, Maria Elena Ruiz, também realizou uma reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados, Héctor Arce, e do Senado, René Martinez, com quem debateu o futuro de ações legislação entre os dois países.

A comitiva também se reuniu com membros da Frente Parlamentar de Amizade com Cuba.

Solidariedade a Cuba

Um momento emocionante foi o diálogo com os líderes do movimento de solidariedade à ilha, que ratificou o apoio irrestrito às causas, como a condenação ao bloqueio econômico, comercial e financeiro de Washington, e a libertação dos cinco cubanos injustamente presos desde 1998, no norte do país, por combater o terrorismo.

A presença na Bolívia do ministro das Relações Exteriores cubano ocorreu pouco mais de três meses após a 4ª Reunião do Mecanismo de Consultas Políticas, realizada em Havana, em outubro de 2010.

Fonte: Prensa Latina, por Mario Hubert Garrido
Tradução: Luana Bonone