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Foro de São Paulo manifesta apoio aos protestos no Egito

O Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo divulgou nesta sexta-feira (4), na capital paulista, uma nota de apoio às manifestações populares contra o presidente egípcio Hosni Mubarak e seu regime, que ocorrem desde o início de janeiro no país africano.

Na nota, o Foro destaca o levante contra a ditadura, "que conduziu o povo ao sofrimento social e econômico". Leia abaixo a íntegra da nota:

"Manifestamos nosso apoio aos protestos populares no Egito, a favor da democracia e pela renúncia de Hosni Mubarak, há 30 anos ocupando o cargo de presidente do país e submetendo o povo a uma constante repressão.

Prestamos nossa solidariedade ao povo egípcio, que se levantou contra uma ditadura que conduziu esse povo ao sofrimento social e econômico.

Repudiamos a repressão contra as manifestações populares e nos manteremos atentos ao desenrolar dos acontecimentos".

Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo,
Sao Paulo, 4 de fevereiro de 2011

Manifestantes intensificam protestos

N Praça Tahril, principal local de concentração dos últimos protestos na cidade do Cairo, capital do Egito, manifestantes gritaram palavras de ordem e continuaram os protestos pela renúncia de Mubarak.

O dia ficou conhecido por Sexta-Feira da Partida, já que os manifestantes esperavam que ele renunciasse nesta data. Religiosos muçulmanos mantêm as cinco orações diárias em meio à confusão de gritos, movimentação de militares e tensão.

“Não vamos sair daqui”, avisou o comerciante Waalid Kamel, de 33 anos. “Não saímos porque Mubarak quer que a gente vá embora. Isso seria o início do banho de sangue”, disse ele. “As pessoas aqui levaram tanta pancada, sofreram tanto, que não estão dispostas a ir para outro lugar.”

Há barricadas na área que dá acesso à praça e em várias ruas do Cairo. Militares mantêm a vigilância em regiões consideradas estratégicas. Vez por outra há alarmes. “Todos que estão aqui são pacíficos. Era muito fácil termos vindo de casa com facas. Mas se nos revistarem não será encontrada uma pedra sequer”, disse Kamel.

Saída é improvável

De acordo com o recém-nomeado premiê, Ahmed Shafiq, é improvável que Mubarak transfira "imediatamente" seus poderes para seu vice, Omar Suleiman.
"Precisamos do presidente por razões legislativas", alegou, em entrevista à TV al Arabiya.

O clima de tensão e apreensão permanece no país. Jornalistas estrangeiros relataram que foram agredidos, roubados e até humilhados. A ordem é que eles saiam do território egípcio.

Os militares das Forças Armadas do Egito cercaram a Praça Tahrir com arame farpado, mas não proíbem a entrada de manifestantes.

Com agências