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Manifestantes intensificam protestos pela saída de Mubarak

Reunidos nesta sexta-feira (4) na Praça Tahril, principal local de concentração dos últimos protestos na cidade do Cairo, capital do Egito, manifestantes gritam palavras de ordem e pedem a saída do presidente egípcio, Hosni Mubarak.

É a chamada Sexta-Feira da Partida, quando os manifestantes contrários a Mubarak esperam que ele renuncie. Religiosos muçulmanos mantêm as cinco orações diárias em meio à confusão de gritos, movimentação de militares e tensão.

“Não vamos sair daqui”, avisou o comerciante Waalid Kamel, de 33 anos. “Não saímos porque Mubarak quer que a gente vá embora. Isso seria o início do banho de sangue”, disse ele. “As pessoas aqui levaram tanta pancada, sofreram tanto, que não estão dispostas a ir para outro lugar.”

Há barricadas na área que dá acesso à praça e em várias ruas do Cairo. Militares mantêm a vigilância em regiões consideradas estratégicas. Vez por outra há alarmes. “Todos que estão aqui são pacíficos. Era muito fácil termos vindo de casa com facas. Mas se nos revistarem não será encontra uma pedra sequer”, disse Kamel.

A área em frente ao Museu do Egito, um dos principais pontos turísticos do país, virou centro dos confrontos entre os favoráveis e os contrários à permanência de Mubarak. O clima de tensão e apreensão permanece no país. Jornalistas estrangeiros relataram que foram agredidos, roubados e até humilhados. A ordem é que eles saiam do território egípcio.

Os militares das Forças Armadas do Egito cercaram a Praça Tahrir com arame farpado, mas não proíbem a entrada de manifestantes.

Saída improvável

De acordo com o recém-nomeado premiê, Ahmed Shafiq, é improvável que Mubarak transfira "imediatamente" seus poderes para seu vice, Omar Suleiman.
"Precisamos do presidente por razões legislativas", alegou, em entrevista à TV al Arabiya.

Com agências