Governo de Minas sofre nova derrota nos tribunais

A desembargadora Albergaria Costa da 3a. Câmara Civil do TJMG negou provimento a um recurso interposto pela advocacia do Estado e confirmou  a sentença favorável do juiz Sérgio Henrique Cordeiro Fernandes da 2a. Vara da Fazenda Pública que determinou que o Estado de Minas Gerais faça o correto posicionamento da servidora aposentada da Imprensa Oficial, jornalista Lucilia Lima de Carvalho.

Lucilia havia sido posicionada no novo plano de carreira em abril de 2008 no cargo de ANALISTA DE GESTÃO II, grau "F", o que representou na época o rebaixamento de um nível e tres graus no seu antigo cargo de ANALISTA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL/JORNALISTA PROFISSIONAL. Na época, seu salário sofreu uma redução de 30% no provento básico e 40% nas demais vantagens adiquiridas.

Com a decisão judicial ele passa para o nível III e para o grau "H", o que representará um aumento de cerca de 40% em seu provento básico mais a incidência sobre as demais vantagens como quinquênios, trintenário, hora extra e vantagem pessoal, o que representará cerca de 70% de aumento em seus rendimentos.

O presidente da Associação dos Jornalistas do Serviço Público (AJOSP), Cláudio Vilaça, disse que essa é a oitava decisão do TJMG favorável aos jornalistas da AJOSP que ajuizaram ações a partir de de outubro de 2008. "Há um sentimento de vingança em cada ação vitoriosa, considerando que tanto o governador Anastasia quanto a tecnocracia da SEPLAG naquela época (2008) substimou a nossa capacidade de apontar numa ação judicial aquilo que consideravam de forma arrogante e prepotente estar legalmente dentro do direito deles", desabafa.

O próximo passo, segundo o advogado da AJOSP Antônio Sant´Anna é solicitar a retificação do salário da jornalista e executar os valores retroativos. A ação não cabe mais recurso ao Estado.