Morte de Quércia alterou quadro político no PMDB-SP

Disputa pelo comando do PMDB de São Paulo divide o partido após morte de Quércia.

A morte do ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, então presidente do PMDB paulista, completou um mês na última segunda-feira (24). Parece pouco, mas o tempo foi suficiente para que o vácuo de poder deixado por ele entrasse imediatamente em disputa e jogasse o partido em uma crise interna, que envolve gente como o o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, que também é o presidente licenciado do PMDB nacional.

Apesar de pertencerem ao mesmo partido em São Paulo, Quércia e Temer nunca se bicaram. A força do ex-governador era tão grande que Temer não conseguia alinhar a legenda paulista ao seu estilo nacional. O racha ficou escancarado no ano passado, quando Quércia decidiu apoiar a candidatura presidencial de José Serra (PSDB) contra a eleição do próprio Temer, vice na chapa vencedora liderada pela petista Dilma Rousseff.

Com a morte do rival, Temer mobilizou aliados para finalmente colocar rédeas no diretório rebelde. A investida foi tamanha que dois terços do diretório estadual do PMDB paulista renunciou. Era tudo o que Temer precisava.

Ele vai passar os próximos dias nomeando uma comissão provisória que vai mandar no partido até que a eleição para o novo presidente e a nova diretoria paulista seja feita no final do ano – tudo vai ser decidido em uma reunião da Executiva Nacional do PMDB. Até lá, quem vai ficar com o comando do partido em São Paulo é um velho aliado do vice-presidente, o deputado estadual Baleia Rossi, filho do ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

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Da redação, com R7