CTB-RS realiza Planejamento Estratégico Situacional

A CTB do rio Grande do Sul iniciou, em 7/2, Seminário de Planejamento Estratégico Situacional da Direção Estadual e Coordenadores das Regionais da CTB do Rio Grande do Sul. A abertura contou com a participação dos deputados estaduais Heitor Schuch (PSB), que falou sobre a situação do Rio Grande do Sul diante do novo governo, e Raul Carrion (PCdoB), que discorreu sobre a eleição da presidenta Dilma e os atuais desafios da classe trabalhadora no país.

CTB-RS realiza Planejamento Estratégico Situacional - Sônia Corrêa

O deputado Schuch, que também é membro da direção nacional da CTB, colocou as diversas demandas em debate no Rio Grande e que passam pela Assembleia Legislativa do Estado, com ênfase para a luta por uma política permanente de retomada e valorização do Piso Salarial Regional, que foi esfacelado pela Governadora Yeda. Para Heitor Schuch, é necessária uma ampla mobilização e pressão junto aos deputados gaúchos, com a finalidade de retomar o Piso Regional.

Raul Carrion iniciou sua fala sublinhando que, pela terceira vez consecutiva e na contramão mundial, que ainda conta com o neoliberalismo em ascensão, a esquerda obteve uma histórica vitória. Entretanto, fez questão de lembrar que trata-se de um outro momento e com uma presidenta com características diferentes do seu antecessor.

Carrion chamou a atenção dos sindicalistas para os sinais preocupantes que aparecem já no início deste novo governo e para a necessidade de uma luta ampla, que ultrapasse os limites sindicais, por mudanças estruturais no país. Segundo ele, há um processo de desindustrialização em curso no país que vem de muitos anos e que não estacionou durante os anos em que a esquerda está no governo. Além disso, o deputado comunista alertou para a política de câmbio e juros, como sendo outro tema de inquietação para os trabalhadores brasileiros.

“Não somos oposição a este governo. Por isso, precisamos pressioná-lo para frente, para o avanço”, destacou Raul Carrion. E emendou: “A discussão do salário mínimo é um elemento. As questões sindicais precisam ser levadas pelos sindicalistas junto com a macro política, pois as transformações estruturais é que permitirão o progresso das questões dos trabalhadores”. E exemplificou falando que a luta pela redução da jornada de trabalho mexe com a lógica do sistema de exploração capitalista.

Em relação ao aumento do salário mínimo, Carrion classificou como infeliz a crítica do ex-presidente Lula às Centrais Sindicais, pois segundo ele, diversos setores foram privilegiados nos momentos de crise com isenção de impostos, injeção de investimentos, etc. “Não podemos aceitar que só os trabalhadores não sejam valorizados e que paguem a conta”, instigou Carrion.

Da CTB, Sônia Corrêa