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Juventude lidera atos contra aumento das passagens pelo Brasil 

 Pipocam pelos principais centros urbanos brasileiros diversas manifestações contra o aumento das passagens do transporte público neste início de 2011. Liderados primordialmente pela juventude, os protestos tomam conta das ruas e incitam debates sobre as melhorias na qualidade dos serviços prestados, bem como o preço incompatível que hoje é cobrado dos trabalhadores. De norte a sul, a galera se mobiliza e mostra que o velho e batido discurso de acomodação juvenil é balela.

A cidade de São Paulo, por exemplo, está contando com atividades praticamente semanais de reivindicações. O Movimento Passe Livre (MPL) vem organizando passeatas e conscientizando toda a população usuária dos ônibus e metrô da capital paulista sobre o aumento abusivo cometido pela prefeitura. Reunidos com o secretário de Transportes Marcelo Cardinale Branco no último sábado, 12 de fevereiro, representantes do MPL debateram e pressionaram a administração, cobrando explicações sobre a majoração de preço para 3 reais. Apesar de algumas repressões policiais violentas, o Movimento vem resistindo e promete novo protesto para a próxima quinta-feira, dia 17, às 17 horas, em frente à Prefeitura.

Já em Fortaleza, no Ceará, dirigentes estaduais da União Nacional dos Estudantes estão mobilizando os estudantes para manifestações contra os seguidos aumentos que, em 2011, será de 22%. Segundo nota de Ivo Braga, vice-presidente regional da entidade, “aumentar o valor da passagem é restringir o princípio básico de ir e vir dos cidadãos fortalezenses, dos trabalhadores e dos jovens que necessitam diariamente do sistema de transporte público para ir e vir do trabalho, da escola e da universidade. Além disso, em momento algum é apresentada qualquer contrapartida em termos de melhoria na qualidade do transporte coletivo ou da malha viária do município”.

Salvador foi outro ponto de ebulição dos jovens. O movimento Revolta do Buzu encabeçou uma série de manifestações na última semana, aproveitando o período de volta às aulas. Diversos pontos da capital baiana foram tomados pelos estudantes, que demonstravam sua insatisfação com o aumento de R$2,30 para R$2,50 da passagem. A repressão policial também foi forte por lá, e a vereadora Olívia Santana (PCdoB) foi agredida ao tentar defender um manifestante que apanhava de seguranças da Prefeitura sem identificação.

As mobilizações vêm ganhando apoio de diversos setores da sociedade civil, entre eles sindicatos, partidos e organizações. Além disso, a internet está funcionando como importante aliado na divulgação das ações, principalmente o Twitter. Na semana entre 7 e 11 de fevereiro, o MPL promoveu um tuitaço nacional, com o slogan “Quem não tuita quer tarifa” e marcando a campanha com a hashtag #contraoaumento, que chegou a ocupar o primeiro lugar dos tópicos mais comentados na rede social. Buscando mensagens por essa tag, é possível ficar por dentro das próximas atividades.

Fonte: UJS