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Morte de quatro manifestantes agrava protestos no Bahrein

Depois de três dias de protestos no Bahrein, no Golfo Pérsico, líderes da oposição avisam que as manifestações contra a monarquia de Hamad Bin Isa Al Khalifa vão se intensificar. Os protestos tiveram continuidade nesta quinta-feira (17).

A decisão foi tomada após a divulgação de que pelo menos quatro pessoas morreram e 95 ficaram feridas durante os protestos. Foram usadas bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter os protestos.

O ministro do Interior, Rashed bin Abdullah al-Khalifa, fez um pronunciamento no canal de televisão estatal, proibindo novos protestos e advertiu que o Exército tomará todas as medidas necessárias para reprimir as manifestações.

A repressão efetuada pelas forças de segurança do país já causaram seis mortes e pelo menos 95 pessoas ficaram feridas. A crise será tema de uma reunião extraordinária convocada para esta quinta-feira (17) pelo Conselho de Cooperação do Golfo. O órgão é integrado pelo Bahrein, pela Arábia Saudita, pelos Emirados Árabes Unidos, por Omã, pelo Catar e pelo Kuwait.

Os seis países que integram o Conselho de Cooperação do Golfo são ditaduras submissas aos interesses e comando do imperialismo americano.

O líder da oposição xiita no Bahrein, o religioso Ali Salmane, afirmou que a repressão contra os manifestantes na cidade de Manama causará repercussões catastróficas. “Esse ataque foi uma decisão errada que terá repercussões catastróficas na estabilidade do Bahrein”, disse ele. “As soluções de segurança não podem resolver as crises”.

Líder da Associação do Entendimento Nacional Islâmico (Aeni), que conta com 18 deputados na Assembleia, em um total de 40 parlamentares, Salmane avisou que há uma grande manifestação marcada para o próximo sábado.

Os manifestantes exigem reformas políticas e constitucionais. Eles reivindicam mais empregos e menos discriminação social. Também querem melhores moradias, a libertação de presos políticos, assim como a criação de um Parlamento representativo. Al Khalifa está instalado no poder há 40 anos.

Com informações da Agência Brasil e Opera Mundi