Vivemos no mundo da globocolonização, diz Frei Betto
O teólogo brasileiro Frei Betto afirmou que vivemos hoje um “mundo de globocolonização que impõe uma cultura consumista”. A este fenômeno de origem anglo-saxã, disse, “podemos enfrentar com a cultura dos oprimidos, uma globalização verdadeira que prime pela diversidade e a capacidade de dar importância ao valor de cada comunidade”.
Publicado 22/02/2011 10:48
As declarações foram feitas no encerramento da etapa de Havana da Feira Internacional do Livro de Cuba 2011, que na próxima quarta-feira (23) começará a percorrer o país de um extremo ao outro.
Em conversa com jornalistas, insistiu na necessidade de resgatar as tradições milenares da região, a cultura das comunidades originais e seu rico acervo oral. “Hoje dispomos de mais recursos tecnológicos para registrar essa oralidade que, lamentavelmente ainda não foi levada à palavra impressa. Temos que trabalhar mais nisso se quisermos preservar nossa memória”, reiterou.
Ao referir-se à feira, elogiou a ideia de declarar convidados de honra os países da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América. “Essa escolha favorece o processo de integração da América Latina, único continente que se caracteriza por governos progressistas”, acrescentou.
O autor de “Fidel e a religião” expressou seu desejo de que a feira continue fortalecendo-se e seja “uma caixa de ressonância de toda a literatura que se produz na América Latina”.
Fonte: Prensa Latina
Tradução: Portal Vermelho