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Vivemos no mundo da globocolonização, diz Frei Betto

O teólogo brasileiro Frei Betto afirmou que vivemos hoje um “mundo de globocolonização que impõe uma cultura consumista”. A este fenômeno de origem anglo-saxã, disse, “podemos enfrentar com a cultura dos oprimidos, uma globalização verdadeira que prime pela diversidade e a capacidade de dar importância ao valor de cada comunidade”.

As declarações foram feitas no encerramento da etapa de Havana da Feira Internacional do Livro de Cuba 2011, que na próxima quarta-feira (23) começará a percorrer o país de um extremo ao outro.

Em conversa com jornalistas, insistiu na necessidade de resgatar as tradições milenares da região, a cultura das comunidades originais e seu rico acervo oral. “Hoje dispomos de mais recursos tecnológicos para registrar essa oralidade que, lamentavelmente ainda não foi levada à palavra impressa. Temos que trabalhar mais nisso se quisermos preservar nossa memória”, reiterou.

Ao referir-se à feira, elogiou a ideia de declarar convidados de honra os países da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América. “Essa escolha favorece o processo de integração da América Latina, único continente que se caracteriza por governos progressistas”, acrescentou.
O autor de “Fidel e a religião” expressou seu desejo de que a feira continue fortalecendo-se e seja “uma caixa de ressonância de toda a literatura que se produz na América Latina”.

Fonte: Prensa Latina
Tradução: Portal Vermelho