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Termina 2ª busca por ossada de desaparecido político

Terminaram nesta sexta (25) os trabalhos de escavações em busca da ossada do militante político Virgílio Gomes da Silva. Ele foi morto durante o governo militar e pesquisas indicam que seu corpo foi enterrado, sem identificação, no Cemitério da Vila Formosa, na capital paulista.

Durante os últimos quatro dias, um grupo de trabalho formado pelo Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) esteve à procura dos restos mortais de Virgílio. Baseados em estudos e documentos da época do regime militar, foram escavadas cinco sepulturas onde acredita-se que o militante possa ter sido enterrado.

Segundo a assessoria de imprensa do MPF em São Paulo, mais de 20 ossadas foram exumadas. Elas foram acondicionadas em 27 sacos, que foram levados para a base do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e abertos na semana passada, em São Paulo, para o trabalho de identificação dos desaparecidos políticos brasileiros.

O material passará, agora, por análises antropológicas de peritos do INC. Nesta análise, os especialistas buscarão nas ossadas características físicas que posam ser de Virgílio Gomes da Silva.

Esse estudo deve identificar quatro ou cinco ossadas compatíveis com a de Virgílio. Elas, então, passarão por exames de DNA para saber qual, entre elas, é mesmo a do corpo do militante político. Não há previsão de quando será concluída a identificação

Estudos do MPF apontam ainda que uma sepultura, ainda não escavada, pode ser a de Virgílio. A exumação das ossadas deste local deve ocorrer no fim do mês que vem. Também no mês que vem, devem ser feitas escavações para a busca da ossada de outro militante, Sérgio Corrêa, morto na ditadura.

Sérgio e Virgílio integraram a Ação Libertadora Nacional (ALN). Virgílio, inclusive, foi um dos líderes do sequestro do então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Elbrick.

Fonte: Agência Brasil